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Interior

Eletricista preso por matar brasileira estava foragido havia quatro anos

Juíza paraguaia afirmou hoje que Christopher Romero Irala teve prisão decretada em 8 de julho de 2014 por não comparecer em audiência sobre assassinato de outra estudante, em 2012

Helio de Freitas, de Dourados | 23/08/2018 14:44
Christopher Romero Irala foi preso ontem em Concepción e trazido para Pedro Juan Caballero (Foto: Arquivo)
Christopher Romero Irala foi preso ontem em Concepción e trazido para Pedro Juan Caballero (Foto: Arquivo)

O eletricista paraguaio Christopher Andrés Romero Irala, 27, principal suspeito de matar com 19 golpes de punhal a brasileira Erika de Lima Corte, 29, estava foragido desde julho de 2014, quando a justiça daquele país decretou sua prisão após ser acusado de assassinar outra mulher na fronteira, em 2012.

Estudante do segundo ano de medicina em Pedro Juan Caballero, Erika foi morta com 19 golpes de punhal na madrugada de segunda-feira (20) no pensionato onde morava com outra universitária brasileira. O corpo foi enterrado terça-feira em Pontal do Araguaia (MT), onde mora a família. O pai de Erika foi prefeito da cidade, de 6.200 habitantes.

A juíza penal de garantias de Pedro Juan Caballero, Sady Estela Lopez, disse em entrevista à rádio Império FM que a prisão foi decretada após Christopher não comparecer a uma audiência sobre o assassinato da estudante paraguaia Daysi Patricia Benítez Gómez, em agosto de 2012.

Assim como Erika, Daysi foi morta a golpes de faca, mas também sofreu estrangulamento e o assassino tentou colocar fogo no corpo.

De acordo com a magistrada paraguaia, Christopher foi preso pela primeira vez em 17 de agosto de 2012, três dias após a morte de Daysi. Na época ele foi denunciado como autor do crime pelo promotor criminal Sixto Marín.

Em 13 de março de 2013 ele conseguiu liberdade provisória por falta de provas de seu envolvimento na morte. Entretanto, no dia 9 de setembro de 2013 o Ministério Público reabriu o caso e a audiência preliminar foi designada para o dia 8 e julho de 2014.

Prisão internacional - Christopher não se apresentou na audiência, nem justificou a ausência. A justiça decretou então a prisão internacional do suspeito, ou seja, ele deveria ser preso mesmo se fosse localizado em outro país.

Só que o acusado não foi localizado até esta semana. Nos últimos anos ele vinha trabalhando com o pai, que presta serviço para a Ande, a agência nacional de energia elétrica do Paraguai.

Preso na sede regional da Polícia Nacional em Pedro Juan Caballero, Christopher deve ser ouvido hoje pelo Ministério Público. Ontem, ele se manteve em silêncio.

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