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Estupro de jovem em festa mobiliza alunos contra o trote machista

Estudantes estão realizando eventos durante a semana na universidade, como forma de protesto e conscientização contra o assédio na recepção de calouros.

Adriano Fernandes e Helio de Freitas | 22/03/2018 20:01
Protesto contra o estupro da caloura na festa universitária, esta manhã na UFGD. (Foto: Direto das Ruas)
Protesto contra o estupro da caloura na festa universitária, esta manhã na UFGD. (Foto: Direto das Ruas)

O estupro de uma adolescente de 17 anos, após um trote de um curso da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) mobilizou estudantes em defesa da jovem e contra qualquer tipo de recepção violenta de calouros.

A garota foi violentada depois de ficar em coma alcoólico durante uma festa open bar promovida por cursos da área de engenharia da universidade, na última segunda-feira (19). Esta manhã (22), dezenas de estudantes protestaram pela faculdade contra o assédio de calouras e o trote violento.  

Em nota o DCE (Diretório Central dos Estudantes) da UFGD, também se manifestou sobre o caso e repudiou qualquer tipo de agressão aos novos estudantes da unidade.

“Essa atividade rebaixa e humilha os/as estudantes de várias formas, pois tem como finalidade infringir sua dignidade impondo uma relação de poder, onde quem ingressa deve servir aqueles que já estão a mais tempo na universidade. O trote tem como consequência a violação da integridade física e psicológica, logo, humilhações, preconceitos, coerções e intimidações são relatados com frequência durante os trotes”.

O diretório também se posicionou em relação a quem tente culpar a vítima pela violência sofrida durante a festa.

“Quando uma notícia relacionada ao assunto viraliza, logo vemos que ocorre uma ação de desacreditação e culpabilização da vítima: “ela bebeu demais”, “olha como ela foi vestida”, “deveria ter se cuidado”, “não deveria estar andando sozinha”. Não é fácil denunciar ou reagir quando uma pessoa passa por esse tipo de situação, dessa maneira pedimos empatia e sororidade a todos e todas”.

O DCE ainda informou que recebeu outra denúncia de assédio em uma outra festa de recepção. E que esta a disposição de qualquer outro aluno que queira denunciar uma situação de assédio. O contato pode ser feito pelo ufgddce@gmail.com.

Nesta sexta-feira (23), um sarau de integração em frente ao DCE, também vai ser um espaço de manifestação e vigília. 

“Nada justifica o trote machista” – O evento em forma de protesto foi realizado nesta quinta-feira (22), na unidade e reuniu dezenas de estudantes, cobrando que os responsáveis pelo crime sejam responsabilizados. Mas também o fim de trotes violentos na UFGD.

Confira a chegada dos alunos a um dos blocos onde houve a concentração.

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