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Interior

Ex-jogador investigado por suspeita de fraude depõe por 45 minutos

Reginaldo Gomes, o “Boquinha”, foi alvo da Operação Decibéis, no dia 30 de setembro

Helio de Freitas, de Dourados | 08/10/2020 18:01
Reginaldo Gomes em frente ao prédio onde mora no dia da operação (Foto: Adilson Domingos)
Reginaldo Gomes em frente ao prédio onde mora no dia da operação (Foto: Adilson Domingos)

O ex-jogador de futebol e atual empresário do ramo de sonorização Reginaldo Gomes, o “Boquinha”, prestou depoimento na tarde desta quinta-feira (8) em Dourados, a 233 km de Campo Grande. Por 45 minutos ele foi ouvido pelo promotor Ricardo Rotunno, da 16ª Promotoria de Justiça.

A empresa dele, a R5 Sonorização, que mantém contrato com a prefeitura, é investigada no âmbito da Operação Decibéis por suspeita de crimes contra a lei de licitações, ordem econômica e organização criminosa.

No dia 30 de setembro deste ano, agentes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) cumpriram mandados de busca em residências e endereços comerciais ligados ao empresário.

Um dos locais das buscas foi o apartamento de “Boquinha”, no Edifício Santa Aparecida, no cruzamento das ruas Camilo Hermelindo da Silva com João Vicente Ferreira, no Centro da cidade. Os agentes do Gaeco ficaram quase seis horas no local.

Segundo o MP, pessoas com relação de parentesco e proximidade participavam juntas de certames licitatórios para contrato com o poder público municipal. Isso é fraude, segundo a lei.

Em nota enviada nesta tarde, o advogado do ex-jogador, Renan Souza Pompeu, confirmou o depoimento ao promotor. “Urge destacar que o investigado respondeu todos os questionamentos suscitados pelo membro do MP, pontuou que não se associou com outras pessoas com objetivo de manipular, direcionar ou fraudar processos licitatórios nos municípios que a empresa R5 realizou serviço de sonorização”, afirma.

Ainda segundo o advogado, a defesa “nega veementemente os fatos investigados pela 16ª Promotoria” e afirma que a inocência de Reginaldo Gomes ficará demonstrada perante a Justiça.

“O proprietário da R5 Sonorização confia na Justiça para a apuração independente tantos dos fatos que lhe são imputados, como da conduta do Ministério Público Estadual”, disse o advogado.

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