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Interior

Ex-servidor preso ontem conseguiu livramento condicional em maio

Amilton Salina foi condenado em 2014 a quatro anos e quatro meses de prisão por envolvimento na “máfia dos consignados”

Helio de Freitas, de Dourados | 06/12/2018 16:11
Amilton Salina, no dia em que foi preso pelo Gaeco, em 2011 (Foto: O Progresso)
Amilton Salina, no dia em que foi preso pelo Gaeco, em 2011 (Foto: O Progresso)

O ex-servidor da Câmara de Vereadores de Dourados Amilton Salina, um dos presos ontem (5) na Operação Cifra Negra, foi réu em outro escândalo de corrupção a atingir o Legislativo douradense, a Máfia dos Consignados, em 2011.

Condenado em 2014 junto com ex-vereadores e outros funcionários da Câmara, Salina pegou quatro anos e quatro meses de prisão e estava cumprindo a pena em regime aberto até maio de 2018, quando conseguiu o livramento condicional.

Ao conceder a condicional, o juiz da 3ª Vara Criminal César de Souza Lima estabeleceu uma série de medidas que Amilton Salina deveria cumprir, como comprovar ocupação lícita, comparecer mensalmente ao juízo, não se afastar da comarca sem autorização judicial e ficar recolhido em casa após as 22h.

Consignado – Amilton Salina foi condenado junto com os ex-vereadores Sidlei Alves da Silva e Humberto Teixeira Junior após o esquema desvendado pela Operação Câmara Secreta, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

Em 2016, os réus perderam o recurso apresentado ao TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) e tiveram de cumprir as penas.

Sidlei Alves presidiu a Câmara de Vereadores de Dourados e Humberto Teixeira Junior, filho do ex-prefeito Humberto Teixeira (1993-1996), foi primeiro-secretário.

Outros condenados na mesma ação foram os ex-servidores Rodrigo Ribas Terra, Erbes Ribeiro Beatriz, Regina Célia Pincela de Morais, Carlos Alberto Spoladore da Silva e Airton Luiz Daleaste.

Todos foram condenados por peculato, falsidade ideológica, uso de documento falso e organização criminosa. O esquema consistia na falsificação de holerites para fazer empréstimos consignados de forma fraudulenta em nome de funcionários da Câmara.

Sidlei Alves pegou seis anos, 11 meses e seis dias de prisão em regime semiaberto, além de pagar 57 dias-multa. Humberto Teixeira Junior, que assinou um acordo de delação premiada com a Justiça, cumpre três anos, cinco meses e 18 dias em regime aberto, além de 29 dias-multa. A pena dos ex-servidores foi em média de cinco anos em regime semiaberto.

Cifra Negra – Amilton Salina foi preso ontem junto com os vereadores Pedro Pepa (DEM), Pastor Cirilo Ramão (MDB) e Idenor Machado (PSDB) e com o ex-vereador Dirceu Longhi, acusados de fraude em licitação e de receber propinas de empresas contratadas pela Câmara.

As mesmas empresas se apresentavam em concorrências abertas pela Câmara e agiam em conjunto. Algumas delas só existiam no papel, segundo a denúncia. Sem uma disputa de verdade, os serviços prestados ao Legislativo tinham preços exorbitantes.

Cinco mandados de prisão foram expedidos contra moradores de Campo Grande, mas os nomes não foram revelados. O Campo Grande News apurou que quatro foram presos e um ainda não foi localizado.

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