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Interior

Explosivos são encontrados em presídio que já teve fuga em massa

No sábado, material que seria usado para fabricar bomba já tinha sido apreendido dentro de mortadela em cadeia de Pedro Juan

Helio de Freitas, de Dourados | 24/06/2020 15:24
Explosivos são encontrados em presídio que já teve fuga em massa
Militar paraguaio observa artefato encontrado nesta tarde em presídio de Pedro Juan Caballero (Foto: Divulgação/FTC)

Pela segunda vez em quatro dias, material usado para fabricar bomba foi apreendido na penitenciária de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande. No início da tarde desta quarta-feira (24), p artefato foi localizado por presos e entregue à direção do presídio, que acionou a FTC (Força-Tarefa Conjunta), grupo de elite formado por homens das forças armadas do Paraguai.

De acordo com a FTC, o explosivo em gel encontrado no presídio é à base de nitrato de amônia, azeite e água. Da forma como foi encontrado, o material não representa nenhum perigo, mas se fosse misturado a outros componentes poderia abrir buraco na muralha do presídio, afirmou o tenente-coronel Luis Apesteguia, porta-voz da Força-Tarefa Conjunta.

Segundo os militares, o artefato foi entregue pelos presos do pavilhão “E”, os brasileiros José Huppes, 40, preso por assalto, e Ronny Van Gonçalves Silva, 35, preso por tráfico de drogas.

No sábado, agentes da penitenciária encontraram componentes de explosivos que seriam levados para dentro da unidade durante visita. Os produtos flagrados pelo raio-x na portaria estavam escondidos de uma peça de mortadela, levada ao presídio pela paraguaia Liz Lorena Franco, que visitaria o preso identificado como Miguel Angel Aquino. Ela foi presa.

Em janeiro deste ano, 75 presos fugiram do presídio por um túnel. Entre os fugitivos estavam dezenas de membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), muitos deles lideranças regionais da quadrilha.

O grupo criminoso teria desembolsado R$ 6 milhões para financiar o plano. Policiais e agentes penitenciários estão presos acusados de receber dinheiro para facilitar a saída dos bandidos. A maioria não foi recapturada até hoje.

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