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Interior

Família fará vigília em cemitério para evitar que corpo seja furtado de novo

Corpo de Rosilei Potronieli será seputado em Dois Irmãos do Buriti; até que autor do furto, o ex-namorado José Gomes Rodrigues seja preso, pretendem fazer vigília no túmulo

Silvia Frias e Mirian Machado | 15/02/2019 12:19
Entrada do cemitério de Dois Irmãos do Buriti, onde Rosilei estava enterrada; há alguns dias, portão havia sido lacrado pela polícia (Foto: Henrique Kawaminami)
Entrada do cemitério de Dois Irmãos do Buriti, onde Rosilei estava enterrada; há alguns dias, portão havia sido lacrado pela polícia (Foto: Henrique Kawaminami)

A família de Rosilei Potronieli está assustada com o desfecho da investigação da subtração do corpo do cemitério de Dois Irmãos do Buriti. Depois do novo sepultamento, pretende fazer revezamento para vigiar o túmulo, até que o autor seja preso.

Em coletiva esta manhã, a Polícia Civil identificou o ex-tenente José Gomes Rodrigues, 50 anos, ex-namorado da vítima, como responsável pelo furto. O primo dele, o agente de segurança, Edson Maciel Gomes, disse que José alegou que os dois tinham pacto de amor. Quem morresse primeiro, buscaria o outro para ficar junto para sempre. O corpo foi encontrado em uma cova na chácara do ex-militar em Campo Grande.

A mãe, Adélia Potronieli, 75 anos, estava muito assustada e emocionada. Tremendo, disse que estava com medo de José, que ainda está foragido. “Nem depois de morta ela tem sossego”. Adélia não acredita na versão de pacto de amor e acha que ele tenha mandado matar Rosilei. Entre indas e vindas, eles tiveram relacionamento de cerca de 20 anos, conforme depoimento do primo de José.

A irmã de Roselei, que não quiser identificada, estava revoltada com a falta de segurança no cemitério. “Não tem cadeado, não tem polícia, não tem guarda, não tem nada lá”.

Grade dos fundos do cemitério está caída e acesso às covas é facil (Foto: Henrique Kawaminami)
Grade dos fundos do cemitério está caída e acesso às covas é facil (Foto: Henrique Kawaminami)

Ela está vindo a Campo Grande para liberar o corpo de Rosilei no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) para que seja transladado e sepultado, na mesma cova, em Dois Irmãos do Buriti. Depois disso, familiares pretendem fazer revezamento para garantir que nada aconteça ao corpo novamente. Adélia tem mais quatro filhos e três filhas que moram em Mato Grosso do Sul.

Familiares também temem pela segurança das filhas de Rosilei, quatro meninas com idade de 9 a 18 anos e que moram em Campo Grande.

Crime – o autor do homicídio, Adailton Couto, foi preso após apresentar-se à polícia. Rosilei foi esfaqueada em um bar em Terenos, após discutir com ele, no dia 9 de fevereiro. Ela chegou a ser levada para Campo Grande, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no domingo (10).

Corpo vai ser enterrado na mesma cova em que Rosilei havia sido sepultada (Foto: Henrique Kawaminami)
Corpo vai ser enterrado na mesma cova em que Rosilei havia sido sepultada (Foto: Henrique Kawaminami)
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