ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 33º

Interior

Fogo atinge 26 mil hectares no Pantanal há 7 dias e já ameaça a sede de fazenda

A fazenda fica à margem esquerda do Rio São Lourenço e até ontem não havia sido possível o controle das chamas

Viviane Oliveira | 28/07/2020 08:37
Fogo destrói área de vegetação no pantanal sul-mato-grossense (Foto: divulgação/Portal Governo do Estado)
Fogo destrói área de vegetação no pantanal sul-mato-grossense (Foto: divulgação/Portal Governo do Estado)

Funcionário de 53 anos da fazenda São Bento, em Corumbá, distante 419 quilômetros de Campo Grande, procurou a polícia nesta segunda-feira (27) para registrar boletim de ocorrência de incêndio que já dura sete dias. As chamas, informou, ameaçam a sede da propriedade, que tem 26 mil hectares.

Conforme boletim de ocorrência, a fazenda que pertence ao pecuarista Ivanildo da Cunha Miranda fica à margem esquerda do Rio São Lourenço e até ontem não havia sido possível o controle das chamas, que também ameaçava uma área onde há gado. Ele não soube mencionar o tamanho do espaço que já foi atingido pelo fogo.

Sem chuva há 33 dias, a seca castiga a região com as queimadas. Há previsão de chuva somente a partir do dia 10 de agosto, de acordo com o meteorologista da Uniderp/Anhanguera, Natálio Abrahão.

Monitoramento do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) apontou 1.322 focos de incêndios florestais no Pantanal na parcial de julho, número recorde para o mês desde o início da série histórica, em 1998. A operação conjunta de combate ao fogo tem a ajuda do Hércules C-130 da FAB (Força Aérea Brasileira).

Ontem, o dia foi de muita fumaça na região, resultado da tentativa de reduzir o fogo na vegetação que queima na região. Segundo o último relatório encaminhado ontem pelo do governo do Estado, a chegada de aeronaves enviadas pelo governo federal havia começado a amenizar a situação.

Quem é - Ivanildo Miranda da Cunha é um dos implicados na Operação Lama Asfáltica, na fase que investigou irregularidades envolvendo o pagamento de impostos pela indústria frigorífica. Ele fechou acordo de delação premiada em 2017.

A fazenda em chamas está entre os bens dele investigados durante a operação.

Nos siga no Google Notícias