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Interior

Funcionário de presidente do Paraguai é sequestrado e morto na fronteira

Administrador de fazenda foi levado ontem à noite por homens armados no centro de Pedro Juan Caballero e corpo encontrado hoje de manhã; ele teve as mãos cortadas e o rosto queimado

Helio de Freitas, de Dourados | 06/08/2018 08:39
Caminhonete usada em sequestro foi queimada ao lado do corpo (Foto: Direto das Ruas)
Caminhonete usada em sequestro foi queimada ao lado do corpo (Foto: Direto das Ruas)

Um funcionário do atual presidente do Paraguai Horacio Cartes foi sequestrado, torturado e morto na fronteira com Mato Grosso do Sul. Norberto Benitez Caballero, 38, foi levado por homens armados na noite de ontem quando seguia de carro pelo centro de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.

Na manhã de hoje (6), o corpo de Norberto foi encontrado perto do aeroporto internacional de Pedro Juan Caballero. Ele foi torturado, teve as mãos cortadas e teve parte do rosto queimado. A caminhonete usava no sequestro, uma S10 branca, foi incendiada ao lado do corpo.

De acordo com policiais paraguaios, Norberto Caballero era administrador da fazenda de Horacio Cartes, do Partido Colorado, que em maio renunciou ao cargo para assumir uma cadeira no Senado. Mario Abdo Benítez, eleito em 22 de abril, assume a presidência no dia 15 deste mês.

O sequestro – Norberto Caballero seguia em um carro Toyota Premio preto em companhia da mulher pela rua. No cruzamento das ruas Johann Groessinger e Aparecida Gaona de Gracia, no Jardim Aurora, a poucos metros da Linha Internacional, os bandidos armados com fuzis cercaram o carro com a S10 e levaram o condutor.

A mulher alertou os investigadores da Polícia Nacional, que fizeram buscas pela cidade, mas não encontraram pistas dos sequestradores.

O corpo foi encontrado por volta de 5h da madrugada desta segunda-feira por pessoas que passavam pelo local, a 15 km da Linha Internacional.

Familiares de Norberto que foram ao local onde o corpo foi encontrado informaram que ele trabalhava na fazenda Cerro Pero, do Grupo Sofia, de propriedade de Horacio Cartes. A fazenda fica na colônia Fortuna Guazu, no departamento (estado) de Amambay.

O médico forense Cesar Gonzalez informou que Norberto sofreu asfixia mecânica e queimaduras nos ombros, tórax, braços e costas e teve a cabeça coberta por um plástico, além de apresentar cortes pelo corpo e disparos de arma de fogo no pescoço e na cabeça.

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