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Interior

Funcionários de frigorífico fazem protesto que irá atravessar madrugada

Helton Verão | 10/06/2013 22:35

Cerca de 300 funcionários do frigorífico Peri Alimentos, em Terenos, a 25 km de Campo Grande, irão passar a madrugada protestando em frente a empresa após iniciarem a greve na madrugada desta segunda-feira (10). Eles alegam que tudo que foi combinado com a empresa em março está sendo descumprido.

“Haviam combinado várias coisas e estão descumprindo. Primeiro eles querem fazer acordo com outro sindicato que não simpatizamos. Eles querem que trabalhemos o sábado o dia todo e não foi esse o acordo. No café da manhã e no almoço servem só carreteiro, tudo pra eles é carreteiro, queremos nossas refeições dignas”, pede o presidente do Sincater (Sindicato Dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Terenos), Osvaldo da Silva Gabriel.

Mais de 70% dos funcionários recebem R$ 690 e a exigência da categoria é que remuneração desses trabalhadores passe a ser o mesmo valor do piso, que é de R$ 850. Para o restante, que já recebe o piso, a reivindicação é de reajuste de 14%. O frigorífico tem cerca de 300 funcionários.

Segundo o presidente, para quebrar a greve, representantes da diretoria do frigorífico foram até Nioaque para buscar funcionários que já trabalharam em outro abatedouro por lá.

“Já tínhamos conseguido a retirada do banco de horas, pois é ruim para os servidores e eles querem fechar com esse outro sindicato a volta deles”, reclama o presidente do Sincater.

Os trabalhadores prometem manter a paralisação até que a empresa abra negociação e reveja todos os pontos reivindicados.

Com a greve de hoje, mais de mil cabeças de gado, que chegam diariamente à empresa, deixam de serem abatidas. De acordo com o presidente da Federação de Trabalhadores das Indústrias de Alimentação, Vilson de Lemes Gregório, 40 anos, no último movimento grevista, os empregados conseguiram garantir a cesta básica e o café da manhã, além do bebedouro.

A carga horária diária de trabalho varia entre oito e nove horas, segundo Osvaldo e começa às 5 horas da manhã. “Enquanto tiver boi para abater, estamos trabalhando. Mas a carga varia, é de oito a nove horas”. Aos sábados, as atividades iniciam às 3 horas da manhã e vão até as 11 horas. No domingo, apenas os funcionários do embarque trabalham.

A empresa é responsável somente pelo abate, destina carne para várias cidades como Campo Grande, Rio de Janeiro e São Paulo.

O frigorífico emprega auxiliares de abate, de miúdos, de embarque, auxiliares de graxaria, além de da função de quem abate o animal e de quem leva o boi para linha de abate.

A reportagem do Campo Grande News tentou contato com o responsável pela empresa, mas talvez pelo horário não obteve sucesso nas ligações.

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