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Interior

Gaeco investiga venda de produtos superfaturados em cantina de presídio

Agentes penitenciários e fornecedores são suspeitos de ganhar dinheiro vendendo produtos mais caros para os detentos

Helio de Freitas, de Dourados | 22/09/2017 16:52
Agentes do Gaeco durante operação hoje em Dourados (Foto: Adilson Domingos)
Agentes do Gaeco durante operação hoje em Dourados (Foto: Adilson Domingos)

A Operação Fraus, desencadeada hoje em Dourados pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e pela a 16ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público investiga crimes de peculato e organização criminosa, praticados por agentes penitenciários através da venda de produtos superfaturados na cantina da PED (Penitenciária Estadual de Dourados).

De acordo com o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, seis mandados de busca e apreensão expedidos pelo juízo da 1ª Vara Criminal da comarca de Dourados foram cumpridos no setor administrativo e na cantina da penitenciária, em residências de agentes penitenciários e de fornecedores da unidade penal.

Conforme o MP, as investigações visam esclarecer a obtenção de vantagens ilícitas e apropriação de dinheiro público por parte de agentes penitenciários e terceiros, mediante o superfaturamento dos valores de produtos comercializados na cantina da PED, envolvendo a administração do presídio no período de 2016 até maio de 2017.

O nome Fraus, em latim, refere-se à fraude que era praticada na contabilidade da cantina antes do encaminhamento ao Ministério Público e ao Judiciário, “falseando o real ganho financeiro em relação ao faturamento da cantina da PED durante o período investigado, no intuito de não demonstrar os ganhos extras, os quais eram destinados a agentes públicos e privados no esquema criminoso investigado”, afirma o MP.

O Gaeco informou que todos os mandados foram cumpridos, com a apreensão de R$ 5 mil em dinheiro na posse de um dos investigados, 101 munições calibre 38, celulares e documentos, que passarão por perícia e análise, com o fim de concluir as investigações.

A Agepen informou, em nota, que o agente detido com as munições foi liberado após ser ouvido na delegacia. A agência também afirmou que apoia qualquer ação que traga transparência e coíba atos irregulares ou de natureza criminosa por parte dos seus servidores, “para punir quem é culpado, caso isso se comprove, e valorizar quem trabalha corretamente”.

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