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Interior

Incêndios passam Refúgio Caiman e avançam sobre fazendas vizinhas

A partir do sobrevoo feito hoje, equipe do Corpo de Bombeiros irá traçar estratégia de ação com reforço que chegará do DF

Silvia Frias | 18/09/2019 15:39
Em sobrevoo hoje, Corpo de Bombeiros fazem mapeamento dos focos de incêndio (Foto/Divulgação: Corpo de Bombeiros)
Em sobrevoo hoje, Corpo de Bombeiros fazem mapeamento dos focos de incêndio (Foto/Divulgação: Corpo de Bombeiros)

Os incêndios registrados no Refúgio Ecológico Caiman, distante 31 quilômetros de Miranda, alastraram-se para fazendas vizinhas, do lado oposto do início dos focos, conforme avaliação feita há pouco, em sobrevoo da equipe do Corpo de Bombeiros.

Desde a semana passada, a equipe fez três sobrevoos para mapear a situação nos pontos considerados de alerta. Dos dez listados inicialmente, dois se destacam: a área do refúgio Caiman e, agora, as propriedades adjacentes, com atenção especial para a Fazenda São Roque.

“Os incêndios são muito dinâmicos, mudam de um dia para outro, até no mesmo dia o cenário é diferente”, explicou o chefe de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Waldemir Moreira, que participou do sobrevoo.

No Refúgio Caiman, a estimativa é que os incêndios registrados este mês atingiram 35 mil hectares, 66% da área total da fazenda. Ainda será mapeado quantos focos foram encontrados nessas outras propriedades.

Bombeiros identificaram focos avançando em outras propriedades (Foto/Divulgação: Corpo de Bombeiros)
Bombeiros identificaram focos avançando em outras propriedades (Foto/Divulgação: Corpo de Bombeiros)

Moreira explica que há áreas que aparecem no mapeamento do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa Espacial) como ativas para focos de incêndio, mas, no sobrevoo, não foram encontradas. Isso porque os satélites fazem rastreamento de qualquer região com temperatura acima de 47ºC em distância de 1 quilômetro. Por isso, a identificação real dos focos depende de análise maior.

Pelos dados do Inpe, Corumbá é o município com maior número de focos de incêndio no País, com 65 dos 125 registrados no Estado até hoje. Na terra indígena Kadwéu, na região da Serra da Bodoquena, constam 13 focos.

Vistoria - Pelo último sobrevoo, feito esta manhã e parte do período da tarde de hoje, o fogo avançou para lado oposto do inicial, em área que ainda não havia sido atingida.

Esse avanço é preocupante, mas, as condições climáticas desta quarta-feira estão melhores do que nas últimas semanas. "Do primeiro sobrevoo para este, até me surpreendi, tem menos focos", avaliou.

A partir deste sobrevoo, o Corpo de Bombeiros irá montar a estratégia de ação das equipes que já estão na região, além da atuação do reforço que deve chegar até sexta-feira, com 34 militares.

Também será usado uma aeronave Air Tractor, modelo AT-802F, fabricado nos Estados Unidos e que tem autonomia de quatro horas de trabalho, além de capacidade de transportar 3,1 mil litros de água. O avião pertence ao 2º Esquadrão de Aviação Operacional do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.

Neste sobrevoo estavam o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Joilson Alves do Amaral e o tenente-coronel Huesley Paulo da Silva, este, que assumirá o comanda da operação de combate aos incêndios na região de Aquidauana e Miranda.

Equipe de bombeiros e Roberto Klabin, proprietário do Refúgio Caiman (Foto/Divulgação: Corpo de Bombeiros)
Equipe de bombeiros e Roberto Klabin, proprietário do Refúgio Caiman (Foto/Divulgação: Corpo de Bombeiros)
Áreas não afetadas pelos incêndios, próximo de Miranda (Foto/Divulgação: Corpo de Bombeiros)
Áreas não afetadas pelos incêndios, próximo de Miranda (Foto/Divulgação: Corpo de Bombeiros)
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