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Interior

Irmãos paraguaios mortos na fronteira trabalhavam no cultivo de maconha

Nilson e Priscilo Villa Alta López eram irmãos de pistoleiros temidos na linha internacional

Helio de Freitas, de Dourados | 08/07/2022 11:38
Corpos estavam a 500 metros do território sul-mato-grossense (Foto: Direto das Ruas)
Corpos estavam a 500 metros do território sul-mato-grossense (Foto: Direto das Ruas)

Os irmãos Nilson Villa Alta López, 29, e Priscilo Villa Alta López, 31, executados ontem (7) na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul, eram “marihuaneiros”, como são chamados os produtores de maconha na linha internacional.

Moradores em Capitán Bado – cidade paraguaia separada por uma rua de Coronel Sapucaia (a 400 km de Campo Grande) – os dois foram mortos a tiros e os corpos jogados no mato, a 26 km do distrito de Zanja Pytã (vizinho de Sanga Puitã, em MS) e a 500 metros do território sul-mato-grossense. Distante 40 quilômetros de Pedro Juan Caballero, a área é usada para cultivo de maconha.

Segundo investigadores da Polícia Nacional, os dois foram torturados antes de serem mortos. A 300 metros dos corpos, foi encontrada totalmente incinerada uma caminhonete, que possivelmente era usada por Nilson e Priscilo.

Conforme a polícia paraguaia, na noite de quarta-feira, Nilson ligou para a irmã para informar que Priscilo tinha sido sequestrado por homens armados. Em seguida, a comunicação foi interrompida.

Os policiais acreditam que, nesse momento, Nilson também foi capturado. Um primo dos irmãos estaria com eles no momento do sequestro, mas conseguiu fugir. Nilson tinha antecedentes criminais por homicídio.

Irmãos pistoleiros – Nilson e Priscilo eram irmãos de dois pistoleiros conhecidos em Capitán Bado e Pedro Juan Caballero. Carlos Villa Alta López, 24, e Ronaldo Villa Alta López, 20, estão presos nas cadeias de Pedro Juan Caballero e de San Pedro de Ycuamandyyú, respectivamente.

Ronaldo está preso desde outubro do ano passado, quando invadiu uma igreja evangélica para matar o pastor durante o culto, mas foi capturado antes de cometer o crime.

Ele já era procurado pela Justiça acusado de assassinar os políticos Felipe Godoy Amarilla, 54, e Bartolomé Morel Gauto, 58, em Nueva Germania (San Pedro), um mês antes de ser preso. Segundo a polícia, o alvo era o atual pré-candidato a deputado Leonardo Saiz Arce.

Carlos Villa Alta López, considerado pela polícia paraguaia como “o pistoleiro mais perigoso da fronteira”, foi preso no dia 13 do mês passado, dois dias após matar o suboficial da Polícia Nacional Luis Alcibiades Perala Dávalos, 36.

O crime ocorreu em frente ao Departamento de Identificações de Capitán Bado, onde Luis era lotado. O policial estava na calçada. Câmera gravou o momento em que o pistoleiro desceu da garupa de uma moto, caminhou tranquilamente até o outro lado da rua e atirou em Luis Alcibiades. Carlos ainda chutou o policial, agonizando no asfalto.

Apesar da pouca idade, Carlos já era procurado por tentar matar dois oficiais da polícia paraguaia em Capitán Bado, no dia 12 de abril deste ano, pela morte de Raúl Fabián Rodas Cabañas, 38, em 29 de janeiro deste ano em Pedro Juan Caballero, e pela execução de Luis Walberto Duarte Collar, 31, no dia 21 de agosto do ano passado, também em Capitán Bado.

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