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Interior

Juiz decreta prisão de pai e madrasta de bebê morto após agressões

Em audiência de custódia nesta tarde, juiz decidiu transformou flagrante em prisão por tempo indeterminado

Helio de Freitas, de Dourados | 17/08/2018 15:13
Joel e Jessica estão presos acusados de agredir menino que morreu ontem (Foto: Reprodução/Facebook)
Joel e Jessica estão presos acusados de agredir menino que morreu ontem (Foto: Reprodução/Facebook)

Joel Rodrigo Ávalo Santos, 24, pai do menino de um ano e três meses que morreu ontem (16) em Dourados de hemorragia interna após sofrer violência, e a madrasta da criança, Jessica Leite Ribeiro, 21, vão ficar presos por tempo indeterminado. A decisão foi tomada durante audiência de custódia na tarde desta sexta-feira, no Fórum da cidade, que fica a 233 km de Campo Grande.

Após a decisão do Judiciário de transformar o flagrante em prisão preventiva, Joel foi levado de volta para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados). Ontem, eles foram levados para a delegacia juntos, como mostra o vídeo abaixo.

Jessica voltou para uma cela da 1ª Delegacia de Polícia Civil, onde aguarda vaga em algum presídio feminino da região. Os dois são lutadores de MMA e o pai da criança, conhecido como Joel Tigre, participa de competições oficiais de artes marciais mistas.

Rodrigo Moura Santos, de um ano e três meses de vida, morreu ontem de manhã na casa onde o pai mora com Jessica, na Rua Presidente Kennedy, no Jardim Márcia, região leste da cidade.

Além dos hematomas na cabeça, constatados por socorristas do Samu (Serviço Móvel de Urgência), a criança teve trauma no tórax e laceração no fígado, o que comprovam as agressões, segundo a polícia. O exame também constatou lesões de agressões anteriores.

“O médico legista informou que a causa da morte foi choque hemorrágico causado por agressão externa. Não foi uma morte natural como alegaram a madrasta e o próprio pai”, disse ontem o delegado Marcelo Batistela Damaceno, titular da 2ª Delegacia de Polícia de Dourados, responsável pela área onde ocorreu a morte.

Joel e Jéssica negam a violência que provocou a morte do menino. Eles afirmam que a criança teve convulsões e os hematomas teriam sido provocados durante a tentativa da mulher em reanimar o enteado. Os advogados Vitor Cesar Cáceres e Rodrigo Silva, que defendem Joel, disseram ao site Dourados News que o rapaz é inocente.

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