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Interior

Justiça mantém prisão de pecuarista investigado em roubo de aeronave

Na audiência de custódia, foi considerada risco à ordem pública e, ainda, ameaça a vítima de delito investigado

Silvia Frias | 29/06/2019 18:00
Na Operação Ícaro, foram cumpridos mandados de prisão e busca em residências e no aeroporto de Paranaíba (Foto: InterativoMS)
Na Operação Ícaro, foram cumpridos mandados de prisão e busca em residências e no aeroporto de Paranaíba (Foto: InterativoMS)

A Justiça de Paranaíba converteu em prisão preventiva o flagrante contra o pecuarista Nelson Vicente Palchetti Junior, 51 anos, investigado por posse irregular de arma, munições e crime contra ordem econômica. Ele foi preso durante a Operação Ícaro, que investiga suposto sequestro e roubo de aeronave.

A audiência de custódia foi realizada ontem, na Vara Criminal, das Execuções Penais, da Infância e da Adolescência, em Paranaíba.

Durante a operação, na quinta-feira (27), na casa do pecuarista, foram encontradas duas armas de fogo, calibres .38 e 7.65, munições de calibres de uso restrito das Forças Armadas, além de cédula de dinheiro estrangeiro.

No hangar de propriedade dele, no aeroporto de Paranaíba, policiais da Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado), encontraram talões de venda e bomba de abastecimento de 700 litros de combustível em desacordo com legislação ambiental.

O MPE (Ministério Público Estadual) pediu pela conversão da prisão por entender que a liberação do pecuarista seria prejudicial às investigações.

Além da posse irregular de arma de fogo e munições de uso permitido (artigo 12), posse de munições de uso restrito (artigo 16), crime contra ordem econômica (artigo 1º inciso I da Lei 8176/91 e crime ambiental (artigo 56 da Lei 9605/98), o MPE também o indiciou por contrabando (artigo 334-A do CP).

A juíza em substituição legal, Nária Cássia Silva Barros, considerou que há elementos fortes em relação às acusações, exceto no crime de contrabando.

Além da conduta ilegal, a manutenção da prisão seria necessária para manter a ordem pública. “Calha destacar também os maus antecedentes do agente,o qual ostenta condenação definitiva por tráfico de drogas, indicativo de uma personalidade desviada”.

O pecuarista também poderiam comprometer o andamento das investigações, já que há relatos, conforme a magistrada, de que teria ameaçado de morte uma das vítimas de delito do qual ele é investigado.

Rota Caipira - Além do pecuarista, foram presos o piloto Edmur Guimara Bernardes, 78 anos, e o vigia de aeroporto Idevan Silva de Oliveira, 52 anos. Também foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em residências, fazenda e em três hangares do aeroporto.

Segundo a delegada Ana Cláudia Medina, responsável pelas investigações do roubo da aeronave (dia 18) de propriedade do empresário Samuel Garcia, levantou suspeita da polícia o fato de, no dia seguinte ao suposto crime, o piloto Edmur pousar no aeroporto de Cáceres, no Mato Grosso, alegando que conseguiu fugir e decolar com o avião durante um descuido dos sequestradores. O nome da operação, Rota Caipira, faz referência ao tráfico de drogas.

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