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Interior

Mãe de pedreiro morto em MG cobra seriedade nas investigações

Pedro sumiu no dia seguinte ao que chegou ao distrito mineiro e foi encontrado a menos de 500 metros do local

Mirian Machado | 22/11/2021 15:27
Mãe de pedreiro morto em MG cobra seriedade nas investigações
Pedro foi para Minas Gerais para trabalhar e desapareceu no dia seguinte. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Elizia Nunes Barbosa, de 65 anos, mãe do Pedro Nunes Barbosa, de 45 anos, está inconformada com a morte misteriosa do filho em Minas Gerais, estado onde a vítima tinha ido trabalhar. Segundo ela, não acredita na versão que recebeu dos amigos e do laudo e se pergunta porque a polícia mineira não procurou pelo filho todo esse tempo.

Mãe de pedreiro morto em MG cobra seriedade nas investigações
Pedro foi velado e sepultado nesta manhã em Três Lagoas. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Ao Campo Grande News, ela contou aos prantos que o filho foi sepultado nesta manhã em Três Lagoas e lamenta não ter tido tempo de se despedir direito, pois o velório durou minutos, já que o corpo foi encontrado 38 dias após seu desaparecimento e já estava em decomposição. "Ele merecia um velório de ouro", disse com a voz embargada.

A idosa contou que Pedro tinha dois filhos de 14 e 18 anos, era filho único e morava com ela antes da viagem. Desempregado há cinco meses, no dia 11 de outubro, resolveu se aventurar e trabalhar onde dizia que ganharia bem, após ser chamado por dois amigos para o emprego de pedreiro em Monte Verde, distrito de Camanducaia (MG), em uma empresa cujo nome não sabia.

Eu disse várias vezes para ele não ir, mas ele dizia que ganharia bem. Ele estava muito feliz", lembra a mãe.

Elizia conta que chegou a ir até a cidade para procurar pelo filho, ficou 9 dias no local e registrou ao menos 5 boletins de ocorrência por desaparecimento, espalhou cartazes com a foto de Pedro e perguntava para qualquer pessoa que via pela frente, chegou a receber até trotes, mas o que a revoltou foi a omissão por parte da polícia. "Fiz os boletins de ocorrência, mas eles não estavam procurando meu filho. Tive que ir no Ministério Público, aí mandaram a polícia procurar", reclamou.

A empresa onde o filho foi para trabalhar, mas que nem chegou a iniciar o serviço, também foi omissa. "Eles disseram que não tinha registrado a carteira dele ainda, então, não tinha obrigação de nada. Não me ajudaram com nada, não me deram 1 centavo. Fiquei todos esses dias lá com ajuda de amigos", contou.

Mãe de pedreiro morto em MG cobra seriedade nas investigações
Polícia próximo do local onde corpo de Pedro foi encontrado no sábado (20). (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

O corpo de Pedro foi encontrado no último sábado (20), por duas mulheres que estavam fazendo caminhada, a menos de 500 metros do alojamento, e viram uma árvore caída, ao chegarem perto o encontraram e acionaram a polícia.

A mãe recebeu informação de um dos colegas de Pedro dizendo que antes de sumir, ele havia tido um ataque epilético, fato que não convenceu a idosa. Segundo ela, o filho nunca teve algum problema de saúde semelhante ou mesmo um ataque desse. "E se teve esse ataque, como que ninguém ajudou ele? Mais de 20 homens no alojamento e ninguém levou ele ao médico?", questiona indignada.

O laudo, recebido nesta segunda-feira (22), consta como 'morte natural'. Diz ainda, que não há ossos quebrado, nem perfuração por bala ou faca, mesmo assim, a mãe exige que o caso seja investigado.

"Como que fica mais de 7 dias morto e fala que não foi nada? Que é natural? Não acredito nisso", contesta.

A reportagem entrou em contato com a Delegacia de Polícia Civil de Camanducaia, mas o delegado responsável só poderá falar sobre o caso nesta terça-feira (23).

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