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Interior

Mãe de santo nega desvio milionário e diz que só cobrou consulta

Juliana Sambugaro falou com TV de São Paulo e responsabilizou a outra mãe de santo

Helio de Freitas, de Dourados | 09/10/2020 11:18
Juliana Sambugaro negou ter planejado golpe milionário (Foto: Arquivo)
Juliana Sambugaro negou ter planejado golpe milionário (Foto: Arquivo)

A mãe de santo paulista Juliana Sambugaro, 39, negou ter planejado o golpe que desviou R$ 50,8 milhões das contas de uma grande empresa de máquinas agrícolas de Dourados, a 233 km de Campo Grande.

Investigada desde a semana passada, quando a própria funcionária responsável pelo rombo denunciou o caso à Polícia Civil, “Mãe Ju” conversou com a produção do programa “Balanço Geral”, da TV Record em São Paulo.

Ao produtor da TV paulista, Juliana confirmou ter recebido parte do dinheiro, mas alega que foi pagamento pelo serviço prestado e diz ter comprovante registrado em cartório.

Entretanto, a polícia douradense teve acesso a um áudio enviado pelo aplicativo WhatsApp em que Juliana solta um grito para comemorar quando o valor desviado havia atingido R$ 30 milhões.

Na conversa por telefone com a equipe da Record, Juliana Sambugaro alegou que fez apenas parte do atendimento à funcionária da empresa douradense e jogou a responsabilidade pelo golpe milionário na outra mãe de santo, identificada até agora apenas como “Mãe Jade”.

A polícia ainda não localizou essa mulher. Juliana já foi localizada e teria mantido contato com a polícia de Dourados, através de um advogado.

Juliana ainda afirmou à TV paulista que fazia atendimento online para a douradense desde 2017 e que a funcionária a teria procurado após a morte da mãe e também para aliviar a culpa por desviar dinheiro da empresa onde trabalha há dez anos.

Segundo a polícia, a funcionária, de 34 anos de idade, desviou a fortuna da empresa e transferiu para as 11 contas bancárias indicadas pelas golpistas durante 30 dias, de 28 de agosto a 28 de setembro.

Antes de ser afastada do trabalho, a mulher ocupava o cargo de coordenadora financeira da empresa de máquinas agrícolas, função de extrema confiança dos patrões. Ela trabalha nessa empresa há dez anos.

A funcionária deveria prestar depoimento nesta quinta-feira (8) ao delegado Rodolfo Daltro, do SIG (Setor de Investigações Gerais), mas o advogado dele apresentou atestado médico afirmando que ela não tem condições psicológicas de falar sobre o caso agora.

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