Mãe de santo nega desvio milionário e diz que só cobrou consulta
Juliana Sambugaro falou com TV de São Paulo e responsabilizou a outra mãe de santo
A mãe de santo paulista Juliana Sambugaro, 39, negou ter planejado o golpe que desviou R$ 50,8 milhões das contas de uma grande empresa de máquinas agrícolas de Dourados, a 233 km de Campo Grande.
Investigada desde a semana passada, quando a própria funcionária responsável pelo rombo denunciou o caso à Polícia Civil, “Mãe Ju” conversou com a produção do programa “Balanço Geral”, da TV Record em São Paulo.
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Ao produtor da TV paulista, Juliana confirmou ter recebido parte do dinheiro, mas alega que foi pagamento pelo serviço prestado e diz ter comprovante registrado em cartório.
Entretanto, a polícia douradense teve acesso a um áudio enviado pelo aplicativo WhatsApp em que Juliana solta um grito para comemorar quando o valor desviado havia atingido R$ 30 milhões.
Na conversa por telefone com a equipe da Record, Juliana Sambugaro alegou que fez apenas parte do atendimento à funcionária da empresa douradense e jogou a responsabilidade pelo golpe milionário na outra mãe de santo, identificada até agora apenas como “Mãe Jade”.
A polícia ainda não localizou essa mulher. Juliana já foi localizada e teria mantido contato com a polícia de Dourados, através de um advogado.
Juliana ainda afirmou à TV paulista que fazia atendimento online para a douradense desde 2017 e que a funcionária a teria procurado após a morte da mãe e também para aliviar a culpa por desviar dinheiro da empresa onde trabalha há dez anos.
Segundo a polícia, a funcionária, de 34 anos de idade, desviou a fortuna da empresa e transferiu para as 11 contas bancárias indicadas pelas golpistas durante 30 dias, de 28 de agosto a 28 de setembro.
Antes de ser afastada do trabalho, a mulher ocupava o cargo de coordenadora financeira da empresa de máquinas agrícolas, função de extrema confiança dos patrões. Ela trabalha nessa empresa há dez anos.
A funcionária deveria prestar depoimento nesta quinta-feira (8) ao delegado Rodolfo Daltro, do SIG (Setor de Investigações Gerais), mas o advogado dele apresentou atestado médico afirmando que ela não tem condições psicológicas de falar sobre o caso agora.