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Mãe que viu bebê viver só 25 minutos denuncia negligência e quer explicação

Mulher precisou ser levada para Amambai e posteriormente para Ponta Porã. Recém-nascido sobreviveu por 25 minutos

Gabriel Neris e Helio de Freitas, de Dourados | 26/11/2019 15:47
Mãe que viu bebê viver só 25 minutos denuncia negligência e quer explicação
Entrada do Hospital Municipal de Coronel Sapucaia (Foto: Jornal A Gazeta)

Era madrugada de quinta-feira (21) quando Diana Arevalos de Gomez procurou o Hospital Municipal de Coronel Sapucaia, distantes 400 km de Campo Grande. Gestante de 40 semanas, a jovem, de 23 anos, reclamava de dores, inchaço e pressão alta.

Recebeu atendimento por volta de 1h40, mas para o seu espanto foi indicada pela equipe média ir para casa e aguardar que a bolsa estourasse. Revoltada, entrou em contato com Armando Caceres, pai do bebê, que imediatamente pediu ajuda para a irmã Adriana.

“Meu irmão ligou porque a ninguém queria atender. Fui ao hospital, ela estava com dor, disseram que uma ‘dor normal, que podia ir para casa esperar a bolsa estourar’. Fui lá dentro, conversei com a enfermeira, e perguntei por que não atendem ela? Disseram que o doutor mandou dispensar, que ela está com simples dor, normal de gravidez”, conta Adriana.

A cunhada ainda tentou argumentar com a equipe de enfermagem para que a gestante fosse encaminhada para Dourados, mas disseram que “ela não tem risco ainda” e que “pode mandar para casa, está muito bem, a dor é normal”.

Ainda com dores, foi necessária ajuda de amigos para levar Diana, grávida de Anthony, para o hospital de Amambai, a 360 km de Campo Grande, no mesmo dia. Exames feitos no local apontaram que o coração do feto chegou a 165 batimentos por minutos.

A gestante foi encaminhada para o Hospital Regional de Ponta Porã, a 323 km da Capital. Anthony nasceu às 11h35, mas foram apenas 25 minutos de vida, causando dor e, principalmente, revolta da família, que acusam a equipe de saúde de Coronel Sapucaia de negligência.

O Campo Grande News procurou o Hospital Municipal de Coronel Sapucaia, mas o diretor Lourenço Paredes Rodrigues não foi localizado. O advogado Douglas Duarte, que está defendendo a família, disse que ainda está se situando do caso. A família informou que pretende registrar boletim de ocorrência pedindo investigação do caso nesta quarta-feiar. A Secretaria de Estado de Saúde informou que está acompanhando o caso.

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