Morre de covid advogado suspeito de mandar matar a ex-mulher há 18 anos
Crime do qual o advogado era suspeito completa 18 anos nesta quarta-feira
Teve morte cerebral nesta quarta-feira (28), em Dourados, por complicações da covid-19 o advogado Antônio Franco da Rocha, de 84 anos. Franco era suspeito de ser o mandante da execução de sua ex-esposa, a pecuarista Madalena da Câmara Rocha, 70 anos. Amanhã (29), a morte da pecuarista completa 18 anos.
Conforme apurado pela reportagem o advogado estava intubado há cerca de 15 dias no Hospital Santa Rita, em Dourados. Nesta quarta-feira foi declarada a morte cerebral. Na manhã de hoje (29), a morte foi oficializada no atestado de óbito. O velório do advogado deve ocorrer nesta tarde.
A suposta relação do advogado com a morte da ex-esposa está sendo investigada pela DEH (Delegacia de Homicídios), de Campo Grande. Contudo, ainda não foram divulgadas informações sobre o andamento do inquérito.
A pecuarista foi espancada na noite de 24 de abril de 2003, na Rua Firmino Vieira de Matos, Centro de Dourados. Atingida por vários golpes de madeira na cabeça, ela foi internada em UTI (Unidade de Tratamento Intensiva) e morreu no dia 29 de abril.
Na época o caso foi tratado como latrocínio, já que supostamente um cofre com joias teria sido levado da casa. Mas não havia cofre no local e por isso a pecuarista foi agredida.
Em janeiro do ano passado, no entanto, o empresário de Dourados, Eliseu Nunes da Silva, de 62, o “Neno”, procurou a polícia e denunciou que o advogado tramou a morte da ex-mulher. Antes disso o advogado teria ameaçado "Neno" de morte, depois que o empresário descobriu um caso de sua ex-esposa com Antônio Franco.
Em agosto do ano passado "Neno" tentou também tentou matar a tiros o advogado a tiros em frente a um escritório, na Rua Floriano Peixoto, em Dourados.
*Matéria alterada às 11h53 para correção de informações.