Na Câmara, ministro é cobrado sobre escoamento da safra e piscicultura
Eumar Novacki encerrou agenda de dois dias em Dourados com reunião na sede do Legislativo e prometeu atender demandas
O ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Eumar Novacki encerrou na manhã desta terça-feira (16) com uma reunião na Câmara de Vereadores a agenda de dois dias em Dourados, cidade de 233 km de Campo Grande.
Ele passou a noite na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul após participar de um encontro com agricultores familiares e visitar a Expoagro, nesta segunda-feira.
Na reunião com os vereadores, Novacki foi cobrado sobre demandas do setor produtivo regional, principalmente escoamento da produção – faltam estradas em condições ideais – e investimento em piscicultura.
O município de Dourados tem 1.800 quilômetros de estradas vicinais e boa parte está em condições precárias, o que dificulta a entrada de máquinas nas propriedades e retirada da produção.
Ontem à noite, a prefeita Délia Razuk (PR) anunciou em agenda com o ministro que todo o recurso destinado ao município pelo governo do Estado oriundo da arrecadação do Fundersul será usado na recuperação das estradas rurais.
Vereadores que formam a mesa diretora da Câmara e os representantes da zona rural apontaram as dificuldades que o setor enfrenta em Dourados e o ministro anunciou ações que estão em andamento no Mapa para auxiliar a agropecuária.
“Criamos um grupo para estudar os problemas do setor. Encaminhem-me as sugestões que faço chegá-las até este grupo. Temos que ouvir todo mundo e buscar as melhores soluções”, afirmou ele.
Foi entregue ao ministro um documento com três sugestões para fortalecimento da agropecuária no município – construção do Centro de Abastecimento de Dourados, da Agrovila do distrito de Panambi e de investimento para expansão e construção de novos tanques para piscicultura.
Obra abandonada – Apesar da agenda de dois dias na cidade, Eumar Novacki não fez nenhum anúncio sobre o frigorífico de peixe, que começou a ser construído em Dourados em 2011 e está abandonado há quatro anos.
Localizada na saída para a Capital, no trevo das BR-163 com a MS-376, a obra consumiu R$ 1 milhão. O frigorífico deveria atender 700 produtores de peixe da região, mas não existe previsão de quando será retomado.
Durante a entrevista coletiva na noite de ontem no parque de exposições, Novacki ignorou a pergunta de uma jornalista sobre o frigorífico, parado depois que o governo federal cortou o repasse da verba necessária para a conclusão.
De acordo com a prefeitura, existe possibilidade de o frigorífico ser concluído através de uma parceria público-privada, mas a decisão cabe ao Mapa.
