Justiça confirma condenação de "Patrão" milionário do tráfico
Dono de transportadora com frota de carretas, propriedades rurais e imóveis foi alvo de operação em 2021
A Justiça de Mato Grosso do Sul confirmou a condenação de Rondineli Amarila Herrera, de 42 anos, apontado como o "patrão" de um esquema milionário de tráfico de drogas desarticulado pela Operação El Patrón, em dezembro de 2021. A decisão, tomada pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, manteve a sentença de primeira instância, que o condenou por tráfico de drogas a seis anos de prisão.
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A Justiça de Mato Grosso do Sul manteve a condenação de Rondineli Amarila Herrera, de 42 anos, a seis anos de prisão por tráfico de drogas. Considerado o "patrão" de um esquema milionário, ele foi preso em dezembro de 2021 durante a Operação El Patrón, em Dourados. A investigação teve início após a apreensão de 33 toneladas de maconha em Maracaju, em 2020. O esquema resultou na prisão de outros envolvidos e no confisco de R$ 15 milhões em bens, com possibilidade de alcançar R$ 25 milhões. Três outros acusados também foram condenados a cinco anos de reclusão cada.
Conforme a documentação da apelação criminal, Rondineli havia recorrido da condenação, mas o Tribunal de Justiça rejeitou as preliminares de nulidade e manteve a decisão inicial. A defesa do acusado tentou anular provas obtidas em celulares e contestar a validade de laudos periciais, mas os argumentos foram rejeitados pelo desembargador relator Waldir Marques.
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Rondineli, que se apresentava como mecânico e empresário, foi preso em dezembro de 2021 em um sítio em Dourados. Segundo informações apuradas, ele era dono de uma transportadora com frota de carretas, propriedades rurais e imóveis em Maracaju, o que o tornou milionário no tráfico de drogas.
A queda do "patrão" começou em agosto de 2020, quando o DOF (Departamento de Operações de Fronteira) interceptou uma carreta com 33 toneladas de maconha em Maracaju. A investigação policial, que deu origem à Operação El Patrón, revelou que Rondineli estava diretamente envolvido no transporte e monitorava a carga desde a saída de seu sítio em Rio Brilhante.
Apesar da condenação por tráfico, a Justiça absolveu Rondineli e outros réus do crime de associação para o tráfico por falta de provas sólidas sobre um vínculo permanente e estável para a prática da traficância. O recurso do MP (Ministério Público) para condenar os réus também foi negado. A condenação por tráfico de drogas, no entanto, foi mantida, e o benefício do tráfico privilegiado foi considerado inaplicável, devido à natureza e à grande quantidade de entorpecentes.
Além de Rondineli, outros envolvidos no esquema, incluindo familiares, também foram presos na época da operação. Pelo menos R$ 15 milhões em bens foram confiscados, com a possibilidade de o valor total chegar a R$ 25 milhões com o sequestro de outros imóveis registrados em nome de “laranjas”.
Foram também condenados, no processo, João Luiz de Mirando Santos e Tiego Lecoque Sales, com penas de cinco anos de reclusão. As condenações por tráfico foram mantidas, e o benefício do tráfico privilegiado foi considerado inaplicável, devido à natureza e à grande quantidade de entorpecentes.
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