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Economia

Dólar recua a R$ 5,39 e bolsa bate recorde histórico de 143 mil pontos

Moeda caiu com dados fracos de emprego nos EUA e expectativa de corte de juros

Por Gustavo Bonotto | 11/09/2025 19:43
Dólar recua a R$ 5,39 e bolsa bate recorde histórico de 143 mil pontos
Cédula do dólar, moeda norte-americana. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar comercial caiu 0,27% e fechou a R$ 5,392 nesta quinta-feira (11), após tocar a mínima de R$ 5,3741 ao longo do dia. A queda ocorreu após a divulgação de dados fracos sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos. O resultado reforçou a aposta de investidores de que o banco central norte-americano deve cortar os juros na próxima semana.

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Dólar recua e Ibovespa atinge novo recorde. A moeda americana fechou em queda de 0,27%, cotada a R$ 5,392, influenciada por dados econômicos dos Estados Unidos que reforçam a perspectiva de corte de juros pelo Federal Reserve. O índice da bolsa brasileira, por sua vez, atingiu a marca histórica de 143.150 pontos, com alta de 0,56%.O mercado reagiu aos números de pedidos de seguro-desemprego nos EUA, que vieram acima do esperado, indicando um possível enfraquecimento da economia americana. Apesar da inflação americana ter ficado levemente acima das projeções, o cenário sugere uma desaceleração econômica, o que abre espaço para a redução dos juros americanos. Este cenário favorece a entrada de capital estrangeiro em países com juros altos, como o Brasil, pressionando o dólar para baixo e impulsionando o Ibovespa.

Enquanto isso, o Ibovespa encerrou o pregão com alta de 0,56%, aos 143.150 pontos, e bateu um novo recorde histórico de fechamento. Durante a sessão, o principal índice da bolsa brasileira chegou a 144.012 pontos, superando pela primeira vez a marca dos 144 mil, mas perdeu fôlego no fim do dia. No acumulado do ano, a alta já chega a 19,01%.

O movimento foi impulsionado principalmente pelo dado de 263 mil novos pedidos de seguro-desemprego nos EUA, acima da previsão de 235 mil feita por analistas. Esse é o maior volume desde outubro de 2021 e indica um enfraquecimento do mercado de trabalho. Ao mesmo tempo, o CPI (Índice de Preços ao Consumidor) de agosto avançou 0,4% no mês e 2,9% no acumulado de 12 meses, levemente acima do esperado.

Mesmo com a inflação um pouco mais alta, os números sugerem desaceleração da atividade econômica e abrem espaço para redução de juros pelo Fed (Federal Reserve). Com juros mais baixos, o dólar tende a perder atratividade para investidores globais. Isso estimula a migração de capital para países com juros ainda elevados, como o Brasil, o que fortalece o real e contribui para a queda da moeda norte-americana.

Na Europa, o Banco Central Europeu manteve a taxa básica de juros em 2% pela segunda reunião seguida. A decisão ocorreu após a inflação da zona do euro se aproximar da meta de 2% ao ano, sinal de que não há necessidade de novos aumentos por enquanto. A estabilidade nas taxas ajudou a sustentar o apetite por risco nos mercados globais.

Nos Estados Unidos, os principais índices de ações subiram com a expectativa de corte de juros. O Dow Jones avançou 1,36% e chegou a 46.108 pontos. O S&P 500 ganhou 0,85%, aos 6.587 pontos, e o Nasdaq subiu 0,72%, a 22.043 pontos, ambos em máximas históricas. As bolsas europeias também fecharam em alta, com Londres, Paris, Frankfurt e Milão registrando ganhos entre 0,30% e 0,89%.

Na Ásia, os resultados foram mistos. O índice de Xangai subiu 1,65% e o CSI 300 (China Securities Index 300) avançou 2,31%, impulsionados pelo otimismo com avanços no setor de tecnologia na China. Em Tóquio, o Nikkei teve alta de 1,22%, enquanto o Hang Seng, em Hong Kong, caiu 0,43%. Outros mercados da região tiveram pequenas variações.

O dólar acumula queda de 0,39% na semana, 0,55% no mês e 12,75% no ano. Já o Ibovespa soma alta de 0,36% na semana e 1,22% no mês, além do ganho expressivo de 19,01% em 2025.

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