Servidor da Receita é investigado por integrar máfia do cigarro em MS
Funcionário da Alfândega em Mundo Novo permitia passagem de cigarro paraguaio
A Polícia Federal desencadeou nesta sexta-feira (23) a Operação ‘Free Pass’ (passe livre) para desarticular quadrilha de contrabandistas de cigarro paraguaio integrada por servidor da Receita Federal do Brasil em Mundo Novo (MS), cidade a 476 km de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai e na divisa com o Paraná.
Pelo menos 25 policiais cumprem cinco mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal em Naviraí. Os alvos são residências e estabelecimentos comerciais em Umuarama e Guaíra, no Paraná, e Naviraí e Mundo Novo, em Mato Grosso do Sul.
A organização criminosa operava na fronteira do Paraguai e possuía articulações em Mato Grosso do Sul e Paraná. Mundo Novo fica na principal rota do cigarro paraguaio que entra em território brasileiro.
Segundo a PF, a investigação começou após apreensão de carga de cigarros contrabandeados em Mundo Novo. Os agentes descobriram a existência de associação criminosa integrada pelo servidor da Receita Federal lotado na Alfândega em Mundo Novo.
O servidor tinha função de vigiar os demais colegas e informar aos contrabandistas o momento em que poderiam passar pela Alfândega sem serem revistados. Conforme a PF, o nome da operação é pelo “passe livre” dado aos contrabandistas do grupo criminoso.
Devido à pandemia do novo coronavírus, todos os envolvidos na operação de hoje receberam equipamentos de proteção para preservar a saúde de policiais, testemunhas, investigados e seus familiares.