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Interior

Polícia desenterra cães mortos para investigar envenenamento

Amostras coletadas foram trazidas para Campo Grande; caso está sendo investigado em segredo de Justiça, mas polícia aguarda resultado para dar continuidade ao inquérito

Liniker Ribeiro | 28/03/2018 09:09
Policiais civis acompanharam exumação dos corpos de três cachorros (Foto: Divulgação)
Policiais civis acompanharam exumação dos corpos de três cachorros (Foto: Divulgação)

A Polícia Civil de Três Lagoas - distante 338 quilômetros de Campo Grande - continua a investigar o caso registrado como envenenamento, por um homem de 42 anos, contra a própria sogra. Os corpos de três cães, que segundo o denunciante, Joseildo Moura, teriam morrido após comerem restos da feijoada servida pela mulher, foram exumados.

As amostras coletadas por equipes do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) do município foram encaminhadas para Campo Grande, onde passarão por análise laboratorial. Também foi coletado material no auxiliar de serviços gerais, que chegou a ficar internado por 24 horas depois de comer a comida oferecida pela suspeita.

De acordo com informações do site JP News, as amostras serão melhores analisadas na Capital, uma vez que o município não possui recursos apropriados para o tipo de laudo pericial.

Até o momento, ainda de acordo com site, a principal suspeita é de que a comida tenha sido servida com “chumbinho”, já que um frasco do produto foi encontrado na casa investigada. O caso, que está sendo investigado em segredo de Justiça, depende do resultado dos laudos periciais para dar continuidade, afirmou o delegado responsável pelo inquérito, Alessandro Rogério de Mendonça.

Caso - A vítima registrou boletim de ocorrência, no dia 18 de março, narrando a suposta tentativa de homicídio e disse aos policiais que a mulher, identificada apenas como Alexina, serviu-lhe um prato separado de feijoada que tinha uma calabresa com gosto amargo. A comida foi dada aos cães e todos os três animais da casa morreram.

Segundo o registro, ele cuspiu a comida na pia e pediu ao enteado que comprasse leite para ele (a bebida é uma solução popular para intoxicação e não é recomendada pelos médicos).

Diante da suspeita de que a intoxicação teria sido provocada por terceiros, funcionários da unidade ligaram para a delegacia. Os médicos disseram aos investigadores que o paciente deu entrada suando muito e com rosto pálido, não tendo como afirmar naquele momento se ele realmente tinha tomado alguma substância perigosa.

Ao Campo Grande News, a assessoria de comunicação do Hospital Auxiliadora afirmou, na ocasião, que Moura teve diagnóstico de intoxicação, foi medicado, fez alguns procedimentos clínicos, exames e ficou em observação médica.

Joseildo disse que nunca se desentendeu com a sogra e sempre a tratou bem. A mulher dele confirma a informação, mas disse aos investigadores que a mãe demonstrava raiva pelo genro, mesmo quando morava com o falecido marido.

A sogra, por outro lado, nega a tentativa de homicídio. Joseildo ficou um dia internado e depois recebeu alta.

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