Prefeitura "dispensa" projeto para casa e alega que população não pode pagar
Ideia do município de Fátima do Sul é construir moradias para beneficiários pagarem parcelas mensais
A prefeitura de Fátima do Sul - distante 246 km de Campo Grande - "dispensou" participação no projeto do governo de Mato Grosso do Sul, Lote Urbanizado. Nesta terça-feira (dia 17), a Agehab (Agência de Habitação) divulgou no Diário Oficial a revogação da licitação que construiria 242 bases para unidades habitacionais naquele município.
No Lote Urbanizado, o Executivo estadual faz as bases, a prefeitura do município beneficiado oferece, como contrapartida, os terrenos, e os beneficiários arcam com a construção das moradias em si.
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De acordo com o Executivo municipal de Fátima do Sul, esta é justamente a questão que travou a sequência do projeto. Os moradores da cidade, que poderiam ser beneficiados com as moradias, não têm condições de construir as casas em dois anos, prazo estipulado no projeto.
Por isso, a ideia da prefeitura é desmembrar as áreas - hoje unidas no Loteamento Valota - para tentar viabilizar as unidades habitacionais em um molde no qual o beneficiário receba as casas prontas e pague uma parcela a cada mês.
A ideia é que, após o desmembramento, o município busque recursos com os governos estadual e federal.
Lote Urbanizado - Projeto recente do governo estadual, o Lote Urbanizado ,em o objetivo de atender famílias com renda de até cinco salários mínimos e que não tenham sido beneficiadas em outro programa habitacional.
Em linhas gerais, cada terreno possui 42,56 m² (metros quadrados) e deve conter a base construída com fundação, contrapiso, primeira fiada, fossa e sumidouro.
Em fevereiro deste ano, a Agehab entregou 297 lotes para pessoas de Bela Vista, Bataguassu, Brasilândia, Novo Horizonte do Sul e Japorã.