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Interior

Reajuste de 6% a enfermeiros custará demissão de 200 servidores, diz Marcia

Mariana Rodrigues | 06/05/2015 16:25
Márcia afirma que crise econômica afetou diretamente o município. (Foto: Divulgação/Assessoria)
Márcia afirma que crise econômica afetou diretamente o município. (Foto: Divulgação/Assessoria)

O reajuste de 6% proposto pela prefeita Marcia Moura (PMDB), de Três Lagoas - cidade distante a 338 quilômetros de Campo Grande, aos enfermeiros vai custar a demissão de mais de 200 servidores públicos. A proposta foi feita hoje (6) durante reunião com o presidente do Setasp (Sindicato dos Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem Serviços Públicos), João Carvalho.

A medida foi uma forma de atender a classe, em especial, aos enfermeiros que trabalham na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e Samu, que estão desde o último dia 1º de maio em greve e atendendo de forma reduzida. Desde o início do ano, a prefeitura já demitiu 250 servidores em decorrência do concurso público e também para ter o enxugamento da máquina pública.

Marcia justifica que o cenário de crise econômica a nível nacional afetou diretamente o município, com a queda de repasses federais e estaduais, ocasionando em não atender um reajuste maior desejado pela categoria. “Sabemos da preocupação e luta de vocês, sou parceria, mas mediante do que podemos é isso. O que está ao nosso alcance já fazemos, como os benefícios da aposentadoria privada e pagamos o salário em dia”.

A prefeita ressaltou que atualmente a Prefeitura está arcando financeiramente com aproximadamente R$ 800 mil da UPA , enquanto o Governo Federal repassa R$ 275 mil e o Estado por volta de R$ 100 mil, ficando a maior parte para administração municipal. Além disso, o município repassa verba para o Hospital e atende liminares da Justiça de casos de solicitações de medicamentos, cirurgias e outras demandas que deveriam ser atendidas pelos Governos do Estado e Federal. “Temos que lembrar a importância do equilíbrio financeiro, pois se eu der o reajuste que vocês esperam, infelizmente não conseguiremos arcar com as despesas”, disse.

Reivindicações - Durante a reunião, João Carvalho aproveitou para colocar outras reivindicações em pauta, como a redução da jornada de trabalho dos enfermeiros que é atualmente de 40 horas semanais, para 30, atendendo o Conselho Federal de Enfermagem. Marcia negou o pedido e solicitou uma nova reunião para discutir a reivindicação. “Podemos conversar sobre as outras propostas em outros momentos, mas devemos lembrar que temos que pensar no todo, pois a prefeitura possui 3.860 profissionais nas mais diversas áreas e não podemos desmerecer ninguém”, disse.

O presidente do Setasp declarou que a diretoria deve se reunir ainda na tarde desta quarta-feira (6), para decidir se terá continuidade a greve, mas adiantou que com o ofício informando a contraproposta de 6% em mãos, deverá ser discutida junto à categoria em assembleia que será nesta quinta-feira (7). A nova contraproposta também será discutida pelo presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SSPM), José Antônio Vieira, em assembleia que será nesta quarta-feira (6) junto com os servidores públicos municipais.

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