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Interior

Taxistas fecham a fronteira e cobram segurança após morte durante corrida

Mariana Rodrigues | 09/03/2016 13:11
(Foto: Ricardo Albertoni/ Diário Corumbaense)
(Foto: Ricardo Albertoni/ Diário Corumbaense)

Nesta quarta-feira (9), um grupo de taxistas fechou a fronteira do Brasil com a Bolívia, no Posto Esdras, em Corumbá - a 419 quilômetros de Campo Grande, por um período de 15 minutos. A mobilização teve como objetivo chamar a atenção para a insegurança vivida pela categoria na cidade após um motorista ser agredido em uma tentativa de roubo em fevereiro e, no caso mais recente ocorrido ontem, outro taxista ser morto a facadas após uma corrida encomendada.

O taxista Joenir Duarte, que exerce a função há 16 anos, e coordenou a manifestação, disse ao Diário Corumbaense que a categoria está exposta a todo tipo de circunstância e está trabalhando sob pressão. Ele comentou ainda que a mobilização é para que tanto brasileiros quanto bolivianos fiquem sabendo da atual situação pela qual eles estão passando. "Há alguns dias um companheiro nosso foi assaltado, apanhou, sofreu pressão psicológica. Sabemos que as autoridades estão correndo atrás da forma como é a correta [como estabelece a lei], tudo bem. Mas nós precisamos de resposta", disse.

Ele comentou também que os taxistas ficam expostos, já que não sabem quem realmente é passageiro ou quem pede uma corrida apenas para praticar um assalto. "Não temos poder de Polícia. Uma pessoa entra no táxi, não podemos revistá-la. Quando a gente pede para se identificar, ela zanga. Ela está no direito dela. Vivemos no fio da navalha, dependemos da sorte para pegar uma pessoa de boa índole, que é passageiro mesmo. Ou pegar um ladrão, que tem a intenção de roubar ou matar".

A mobilização reuniu cerca de 80% da frota de 92 táxis existentes em Corumbá. Os taxistas ainda fizeram uma carreata e percorreram as ruas centrais da cidade. “Queremos chamar atenção para nossa situação. Enquanto não soubermos quem são os responsáveis (pelos crimes), não vamos ficar quietos”, finalizou o taxista.

Crimes- Nesta quarta-feira, o taxista Claudinei Guerreiro, 64 anos, foi encontrado morto na parte alta de Corumbá. Ele foi assassinado com um corte no pescoço, após uma corrida agendada. Os ladrões fugiram com o carro dele, um Chevrolet Ágile. Até o momento o autor não foi encontrado.

No dia 26 de fevereiro, outro profissional foi agredido numa tentativa de roubo do veículo. O taxista foi espancado pelos dois suspeitos que logo depois foram presos.

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