Trabalhadores param e 800 cabeças de gado ficam sem abate
Funcionários dizem que empresa se recusa a atender reivindicações de melhorias nas condições de trabalho
Aproximadamente 400 trabalhadores do Frigorífico Peri, em Terenos, a 25 quilômetros de Campo Grande, estão de braços cruzados e o abate de 800 cabeças de gado deixa de ser feito.
De acordo com Wilson Gregório, da Federação dos Trabalhadores da Indústria de Alimentação, os funcionários pedem melhores condições de trabalho e a empresa se recusa a assinar acordo. “O trabalhador cansou da escravidão e agora está reivindicando o direito dele. Nada mais justo”.
Conforme Wilson, a manifestação dos trabalhadores começou no sábado (19). Desde então, os funcionários diminuíram o ritmo de trabalho e o gado foi se acumulando no mangueiro da empresa.
Segundo os trabalhadores, nessa quarta-feira, a empresa conversou com os funcionários, aceitou as reivindicações e pediu que redigissem documento com os pedidos, mas, com uma condição: que voltassem ao trabalho.
Eles retornaram ao trabalho, mas, quando chegaram nesta quinta-feira no frigorífico, foram informados de que o acordo não seria assinado naquele momento. Os funcionários então cruzaram os braços e prometem voltar só quando a situação for resolvida.
De acordo com a Federação, os trabalhadores querem incorporação da gratificação no salário, mais itens na cesta básica, receber por insalubridade (àqueles que ainda não recebem), plano de carreira, acordo sobre o banco de horas e mais bebedouros.
No frigorífico, a informação é de que somente a direção, que está em reunião com os funcionários, pode falar sobre o assunto.