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Interior

Três policiais rodoviários federais são presos por liberar contrabando

Dois foram presos em Naviraí e o terceiro, de Nova Alvorada do Sul, tinha se aposentado recentemente, mas já era investigado

Helio de Freitas, de Dourados | 05/03/2020 09:04
Três policiais rodoviários federais são presos por liberar contrabando
Documentos apreendidos durante as buscas nesta quinta-feira (Foto: Divulgação/PF)

Três policiais rodoviários federais foram presos nesta quinta-feira (5) nas operações Managers e Cem por Cento, desencadeadas pela Polícia Federal com apoio da PRF em nove cidades sul-mato-grossenses e em Umuarama (PR). Eles são acusados de receber propina para permitir a passagem de caminhões carregados com cigarro contrabandeado do Paraguai.

O Campo Grande News apurou que dois policiais rodoviários federais foram presos em Naviraí, a 366 km de Campo Grande, cidade onde fica a delegacia da PF responsável pelas investigações.

O terceiro foi preso em Nova Alvorada do Sul, a 118 km da Capital. A reportagem apurou que ele se aposentou recentemente. Após as operações do ano passado de 2018 contra a Máfia do Cigarro, desconfiado que estivesse sendo investigado, ele acelerou o pedido de aposentadoria, mas não escapou da prisão. Os nomes não foram revelados.

Nas duas operações simultâneas desencadeadas hoje envolvendo 80 agentes da PF e 30 policiais rodoviários federais, estão sendo cumpridos 18 mandados de busca em Campo Grande, Dourados, Juti, Naviraí, Mundo Novo, Nova Alvorada do Sul, Eldorado, Rio Brilhante e Umuarama. Já os dez mandados de prisão são cumpridos na Capital, Juti, Naviraí, Eldorado e Japorã.

De acordo com a PF, as operações têm como objetivo reprimir o contrabando de cigarros na região sul de Mato Grosso do Sul e desarticular a rede de agentes públicos que dava suporte às atividades criminosas.

As investigações revelaram que as quadrilhas movimentavam centenas de carretas de cigarro paraguaio introduzido ilegalmente no país. O produto contrabandeado era destinado a vários estados. Para garantir a passagem das cargas, a Máfia do Cigarro cooptava servidores públicos, principalmente policiais rodoviários federais, que recebiam propina para se omitir do dever funcional de repressão ao crime.

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