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Interior

Tribunal nega habeas corpus à ex-candidata presa por tráfico de maconha

Advogados de Cacia Bedin e de Flávio Ramires tentaram derrubar prisão preventiva, mas desembargadora negou liminar

Helio de Freitas, de Dourados | 17/02/2017 11:09
Cacia e Flávio foram presos no dia 7 deste mês (Foto: Divulgação)
Cacia e Flávio foram presos no dia 7 deste mês (Foto: Divulgação)

Cacia Bedin dos Santos, 28, ex-candidata à vereadora em Aral Moreira, que foi presa no dia 7 deste mês acusada de bater estradas para um carregamento de 850 quilos de maconha, vai continuar na cadeia. O vigia noturno Flávio Ramires, 27, flagrado como o segundo batedor da carga, também vai continuar preso.

Detidos pelo DOF (Departamento de Operações de Fronteira) no município de Laguna Carapã, os dois foram autuados em flagrante por tráfico e associação para o tráfico. No dia 8, durante a audiência de custódia, a juíza Daniela Vieira Tardin, da 1ª Vara Criminal de Dourados, acatou recomendação do Ministério Público e transformou o flagrante em prisão preventiva.

Os advogados de Cacia e de Flávio recorreram ao TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) pedindo um habeas corpus. No recurso, alegaram que os dois negam envolvimento com o carregamento de maconha e que estavam apenas viajando, em carros separados, e nada de ilícito foi encontrado com eles.

Entretanto, a desembargadora Maria Isabel de Matos Rocha indeferiu o pedido de liminar e solicitou informações da juíza douradense sobre a prisão preventiva da dupla.

Daniela Tardin encaminhou o relatório à desembargadora no dia seguinte e justificou: “O crime em que foram autuados é assemelhado a hediondo, isto é, o tráfico de entorpecentes. Assim, o bom comportamento e residência fixa, por si só, não são suficientes a permitir a liberdade. Desse modo, como o artigo 312 do Código de Processo Penal permite a prisão preventiva para assegurar a aplicação da lei e garantia da ordem pública, devem-se manter os recolhimentos dos réus até a sentença final”.

Como a liminar foi negada, os dois vão continuar presos, pelo menos até o julgamento do pedido de habeas corpus pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.

O caso - Policiais do DOF faziam barreira na MS-379 entre Laguna Carapã e Aral Moreira quando interceptaram o Fiat Uno vermelho com placa de Aral Moreira, conduzido por Cacia.

Ao ser abordada, ela se mostrou nervosa, o que levantou suspeita, segundo o DOF. Logo após foi parado o Fiat Uno prata, também com placa de Aral Moreira, conduzido por Flávio. O homem admitiu que conhecia Cacia, mas negou que viajassem juntos.

Minutos depois os policiais perceberam a aproximação da caminhonete S10. Ao perceber a presença dos policiais, o condutor fez o retorno e fugiu por uma estrada vicinal, mas bateu o veículo na vegetação e correu para o mato.

Na carroceria e nos bancos traseiros foram encontrados 714 tabletes de maconha, pesando 850 quilos da droga. A S10 usava placa “fria” e tinha sido roubada na cidade de Alvorada do Sul (PR), em julho de 2016.

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