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Interior

Um dia após decreto, prefeito amplia medidas e suspende aulas na fronteira

Hélio Peluffo Filho também mandou recado a casas noturnas e diz que estabelecimento que insistir em abrir terá alvará cassado

Helio de Freitas, de Dourados | 17/03/2020 13:13
Um dia após decreto, prefeito amplia medidas e suspende aulas na fronteira
Reunião na Prefeitura de Ponta Porã que decidiu pela suspensão das aulas (Foto: Divulgação)

As aulas nas escolas municipais de Ponta Porã, cidade a 323 km de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai, serão suspensas por 20 dias a partir desta quarta-feira (18). A decisão, tomada na manhã de hoje pelo prefeito Hélio Peluffo Filho (PSDB), faz parte das medidas adotadas na cidade fronteiriça para evitar proliferação do novo coronavírus.

Ontem (16), o prefeito baixou decreto com uma série de ações para limitar a aglomeração de pessoas, mas tinha mantido as aulas na Rede Municipal de Ensino.

Hélio Peluffo foi criticado em grupos do aplicativo WhatsApp e nas redes sociais, principalmente por moradores de Pedro Juan Caballero, por manter as escolas municipais funcionando. O Paraguai está em estado de emergência sanitária e adotou até “toque de recolher” de 8h da noite às 4h da madrugada.

De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, em reunião com secretários na manhã de hoje, o prefeito decidiu estender as medidas às escolas. A suspensão por 20 dias poderá ser prorrogada por igual período se a pandemia continuar.

O prefeito também suspendeu por 20 dias as atividades dos centros de convivência de idosos, Cras (Centros de Referência de Assistência Social), e do Previporã, exceto perícias médicas e admissionais. Também foram suspensas viagens de servidores a serviço do município de Ponta Porã para deslocamentos no território nacional, bem como ao exterior. Restaurantes, lanchonetes e bares devem, além de medidas de higiene cotidianas, passar a disponibilizar álcool gel, máscaras e outras medidas preventivas.

Festas – O decreto assinado ontem também proíbe eventos com aglomeração de mais de cem pessoas. A concessão de licenças e alvarás para esses eventos fica suspensa e as que já foram expedidas foram canceladas.

Conforme a prefeitura, a proibição de aglomeração de pessoas vale para estabelecimentos privados, comerciais já licenciados, inclusive igrejas, cinemas, museus, teatros, bibliotecas, clubes, centros culturais e centro de convenções. O desrespeito poderá resultar na cassação da licença e funcionamento.

No fim de semana, jovens que moram nas duas cidades vizinhas, principalmente universitários, driblaram as medidas de restrição em território paraguaio e lotaram bares e casas noturnas de Ponta Porã.

Em transmissão através de rede social, Hélio Peluffo Filho falou sobre a situação. “Esperamos contar com a colaboração e o bom senso de todos. Se não respeitarem, a prefeitura cassa o alvará na mesma hora e fecha [o estabelecimento]. É guerra para preservar a saúde pública em primeiro lugar”, afirmou o prefeito.

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