Uso de cartão de crédito revelou localização de chefe de cartel mexicano
Hernán Bermúdez Requena, conhecido como “El Abuelo”, foi preso sábado em território paraguaio

Um cartão de crédito levou a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai ao paradeiro do mexicano Hernán Bermúdez Requena. Conhecido como “El Abuelo” e “Comandante H”, é apontado como líder da organização criminosa “La Barredora” e um dos traficantes mais procurados do México.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Chefe de cartel mexicano, Hernán Bermúdez Requena, conhecido como "El Abuelo", foi preso no Paraguai após ter sua localização revelada por uso de cartão de crédito. Requena, ex-policial e ex-secretário de Segurança de Tabasco, era procurado pela Interpol e pela Justiça mexicana por corrupção, tráfico de drogas e favorecimento a estruturas criminosas. A prisão ocorreu em Mariano Roque Alonso, após monitoramento conjunto das autoridades paraguaias e mexicanas. O ministro Jalil Rachid, chefe da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai, explicou que o cartão, embora não estivesse em nome de Requena, era utilizado por ele para despesas cotidianas. Requena, ligado ao Cartel Jalisco Nueva Generación, entrou ilegalmente no Paraguai após passar pelo Panamá e Brasil. A prisão de seu sobrinho, Gerardo Bermúdez Arreola, por ligação com apostas ilegais, reforçou a suspeita de sua presença no país. Requena renunciou à extradição simplificada, prolongando o processo de deportação para o México.
Ex-policial e ex-secretário de Segurança de Tabasco (estado mexicano), Requena foi preso sábado (13) em Mariano Roque Alonso, cidade na região metropolitana da capital, Asunción.
- Leia Também
- Líder de facção mexicana é preso em mansão no Paraguai
- Especialista defende papel do Exército no combate ao PCC na fronteira de MS
Em entrevista nesta segunda-feira (15), o ministro Jalil Rachid, chefe da Senad, disse que o cartão de crédito não está em nome de Hernán Requena, mas fazia parte dos meios de pagamento ligados ao narcotraficante monitorados pela Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal).
“Ele precisava movimentar certos valores para o dia a dia, pagar aluguel, comprar comida. Fez isso por meio desse cartão de crédito vinculado à investigação e revelou sua localização”, explicou Rachid.
Denunciado por corrupção, tráfico de drogas e uso do cargo para favorecer estruturas criminosas, El Abuelo (O Avô) é ligado diretamente ao Cartel Jalisco Nueva Generación, uma das organizações criminosas mais violentas do México.
Jalil Rachid explicou que, em fevereiro deste ano, a Justiça mexicana emitiu mandado de prisão contra Hernán Requena. No dia 5 de março, as autoridades descobriram, por meio do cartão de crédito, que o traficante estava no território paraguaio. Começava ali o trabalho conjunto entre policiais paraguaios e mexicanos para localizá-lo.
Em 23 de julho, o sobrinho de Requena, identificado como Gerardo Bermúdez Arreola, foi preso no Paraguai acusado de ligação com a máfia das apostas ilegais. Foi outro indício da presença de El Abuelo em território paraguaio. Dois dias depois, a Interpol incluiu o traficante na “lista vermelha” dos mais procurados no mundo.
Conforme o chefe da Senad, a investigação revelou que Hernán Requena saiu do México pelo Panamá, de onde veio de avião até o Brasil e entrou ilegalmente no Paraguai pela Ponte da Amizade, que liga Foz do Iguaçu (PR) a Ciudad del Este.
O narcotraficante segue preso em território paraguaio. Neste domingo (14), ele abriu mão do sistema simplificado de extradição, que o mandaria imediatamente para o México. Com essa medida, Requena retarda a deportação, já que o processo judicial é demorado.
Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.