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Cidades

JBS admite pela quinta vez que não fez investimentos em frigorífico de MS

No total, são R$ 225 milhões até então que deixaram de ser aplicados

Guilherme Henri e Leonardo Rocha | 05/09/2017 18:43
Frente do frigorífico da JBS em Campo Grande que também não recebeu os investimentos previstos (Foto: Marcos Ermínio)
Frente do frigorífico da JBS em Campo Grande que também não recebeu os investimentos previstos (Foto: Marcos Ermínio)

As vésperas da inspeção na unidade frigorífica de Anastácio – a 135 quilômetros de Campo Grande -, a JBS admitiu que também não realizou o TARE (Termo de Ajustamento de Regime Especial) na unidade, onde deveriam ter sido investidos R$ 60 milhões.

Essa é a quinta confissão de culpa feita da mesma maneira pela JBS. Ao todo, o grupo já admitiu que deixou de investir R$ 225 milhões no Estado.

O comunicado foi feito ao presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que investiga o cumprimento ou não dos TAREs, o deputado estadual Paulo Corrêa, no início da noite desta terça-feira (5).

A inspeção na unidade do interior de MS seria realizada nesta quarta-feira (6). Com o cancelamento da visita a sessão da Assembleia Lesgislativa será realizada normal, às 15h30.

Confissões - No dia 15 deste mês, a JBS confessou o não investimento na unidade de Ponta Porã, onde haveria, no dia seguinte, inspeção da CPI. seriam verificadas em Ponta Porã 266 notas fiscais no valor de R$ 15,2 milhões.

Destas, 221 notas eram de remessas de máquinas de unidades da JBS em outros estados para seus frigoríficos em MS, o que representa 83% das notas, no valor de R$ 14,9 milhões.

Na semana seguinte, seriam vistoriadas as duas unidades de Campo Grande. Novamente, a JBS afirmou, um dia antes (22), que não realizou investimentos, que somariam de R$ 120 milhões.

Já no dia 29, o episódio voltou a ser repetir, mas na unidade de Cassilândia onde a JBS assumiu que também não investiu os R$ 30 milhões previstos pelo termo de ajustamento.

Além desses desembolsos, a JBS teria de investir R$ 15 milhões em Naviraí; R$15 milhões em Coxim; e R$ 30 milhões em Nova Andradina. Unidades que ainda serão visitadas.

Ressarcimento – A CPI tenta agenda com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para decidir como vai proceder no pedido de ressarcimento da JBS ao Estado por não ter cumprido acordos de benefício fiscal.

No acordo de leniência, o grupo terá de devolver o total de R$ 10,3 bilhões. A CPI quer que parte desse recurso seja usado para ressarcir Mato Grosso do Sul. Em 2016, foi concedido incentivo fiscal de R$ 99 milhões a JBS.

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