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Cidades

Jovem atingido por bala perdida diz ter nascido de novo

Redação | 18/02/2009 16:43

"O médico falou que eu nasci de novo" diz Guilherme Oliveira Pereira, 17 anos, ao mostrar o ferimento no peito causado por uma bala perdida. O adolescente saía de um show na Praça Ary Coelho, na região central de Campo Grande, quando foi atingido por um disparo às 20h30 de sexta-feira (13/02).

Guilherme saiu da escola e voltava para casa, quando encontrou um amigo na praça e revolveram assistir o show. Ao fim do evento, teve início uma briga e o adolescente tentou escapar do tumulto.

Ele seguia pela Avenida Afonso Pena em direção à Praça do Rádio Clube, onde aguardaria o ônibus de volta para casa. No trajeto, o adolescente sentiu uma dor no peito, que no começo não sabia o que era.

"Na hora eu só senti o impacto. Pensei que era uma porrada por causa da dor", conta o jovem. Somente quando passou a mão no peito percebeu que havia sido baleado.

No entanto, não foi possível ver de onde partiu o tiro. Próximo de Guilherme havia vários grupos de pessoas que também saíram do show da praça. "Nem vi de onde veio. Estava todo mundo indo embora na mesma hora", revela.

Ele foi socorrido e encaminhado à Santa Casa de Campo Grande, onde permaneceu internado até o fim da tarde de domingo.

O adolescente explica que não foi possível extrair o projétil que estava alojado no tórax e comemora a boa recuperação mesmo com a gravidade do ferimento.

Segundo Guilherme, a bala passou de raspão pela artéria e perto do pulmão. "Chegou a trincar um osso do meu ombro", completa.

Passado o susto, o adolescente pensa em retomar a rotina na próxima semana. Ele é estudante do 9º ano do Ensino Fundamental e trabalha como auxiliar administrativo na prefeitura de Campo Grande, por meio do Instituto Mirim.

Guilherme afirma que sempre procura ficar longe de brigas e tumultos e que jamais pensou que a violência pudesse chegar tão perto.

O adolescente revela que sempre viu a cenas de violência pelos jornais, porém, imaginava que isso se restringisse a grandes capitais do Brasil. "Isso nunca passou pela minha cabeça", conclui.

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