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Cidades

Juiz rejeita pedido da defesa e Battisti terá que pôr tornozeleira em MS

A 3ª Vara de Campo Grande também recebeu a denúncia contra o italiano pelo crime de evasão de divisas

Aline dos Santos | 12/12/2017 08:22
Battisti durante audiência por vídeo no dia 5 de outubro.  (Foto: Marcos Ermínio)
Battisti durante audiência por vídeo no dia 5 de outubro. (Foto: Marcos Ermínio)

A Justiça Federal negou o pedido do italiano Cesar Battisti e manteve a ordem para que ele venha a Campo Grande colocar tornozeleira eletrônica. Ele solicitou autorização para instalar o dispositivo de monitoramento na cidade de Cananéia (São Paulo), onde mora.

O uso de tornozeleira foi umas das condições impostas pela 11ª Turma do TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) para revogar a prisão preventiva do acusado.

Depois de intimado, ele terá mais 7 dias para comparecer a Campo Grande e colocar o equipamento. A administração penitenciária de São Paulo já havia informado não ser possível atender ao pedido.

Battisti também apontou insuficiência financeira para vir a Mato Grosso do Sul, mas a Justiça aponta que ele veio ao Estado com a quantia de 6 mil dólares e 1.300 euros. Na ocasião, informou que o objetivo da viagem era pesca e lazer.

A 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande também recebeu a denúncia contra o italiano pelo crime de evasão de divisas.

Caso - No dia 4 de outubro, Battisti foi flagrado em um táxi boliviano com outros dois passageiros. A grande quantia em dinheiro chamou a atenção da PRF (Polícia Rodoviária Federal).

Em seguida, ficou preso na delegacia de Polícia Federal de Corumbá. No dia 5, durante a audiência de custódia, realizada por videoconferência, teve a prisão preventiva decretada por evasão de divisa e lavagem de dinheiro.

Na sequência, no dia 6, o italiano obteve habeas corpus no TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) e foi libertado.

Em entrevista à Folha de São Paulo, ele afirmou que a prisão foi “uma trama, uma armadilha” e nega que estivesse perto da Bolívia, na fronteira com Corumbá, para fugir. O intento, segundo ele, era comprar materiais de pesca, vinhos e casacos de couro.

Asilo - Condenado na Itália à prisão perpétua por homicídio quando integrava o grupo Proletariados Armados pelo Comunismo, Battisti chegou ao Brasil em 2004, onde foi asilado, mas preso em 2007 e 2009, quando o STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou sua extradição.

A medida foi negada pelo então presidente Luiz Lula da Silva (PT) em 2010. O desfecho sobre a extradição segue indefinido no Supremo. Battisti nega ter cometido crimes no país europeu.

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