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Cidades

Justiça determina que Cesare Battisti coloque tornozeleira em Campo Grande

Defesa pediu que a instalação do monitoramento seja realizada no local mais próximo à residência do italiano

Guilherme Henri e Marta Ferreira | 05/12/2017 17:17
Battisti foi preso em Corumbá e, desde então, enfrenta tentativa de extradição para a Itália (Foto: José Cruz/Agência Brasil/Arquivo)
Battisti foi preso em Corumbá e, desde então, enfrenta tentativa de extradição para a Itália (Foto: José Cruz/Agência Brasil/Arquivo)

O italiano Cesare Battisti deve colocar tornozeleira eletrônica em Campo Grande até esta quarta-feira (6). A determinação foi do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região como alternativa à prisão do refugiado.

No dia 4 de outubro, Battisti foi flagrado na fronteira com a Bolívia carregando R$ 10 mil em espécie, US$5 mil (o equivalente na cotação atual a R$ 15,6 mil) e 2 mil euros (cerca R$ 7,3 mil).

Ele estava em um táxi boliviano com outros dois passageiros. A grande quantia em dinheiro chamou a atenção da PRF (Polícia Rodoviária Federal).

Conforme o blog de Fausto Macedo, do Estadão, Battisti precisa comparecer à Justiça Federal de Campo Grande para a medida cautelar.

No entanto, os advogados dele pediram que a instalação do monitoramento seja realizada no local mais próximo à residência do italiano, que mora em Cananeia, litoral sul de São Paulo.

Prisão – Depois do flagrante da PRF, o refugiado ficou preso na delegacia de Polícia Federal de Corumbá. No dia 5 de outubro, durante a audiência de custódia, realizada por videoconferência, teve a prisão preventiva decretada pelo juiz federal Odilon de Oliveira - último ato dele como magistrado antes de se aposentar - por evasão de divisa e lavagem de dinheiro.

Na data chegou a alegar que ia para Bolívia apenas fazer compras e retornaria ao Brasil. Ele detalhou que mora com um amigo em Cananeia e recebe renda de R$ 8 a R$ 10 mil mensal.

No dia 6, o italiano obteve habeas corpus no TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) e foi libertado.

Cesare Battisti mantém refúgio no Brasil e foi condenado na Itália à prisão perpétua por homicídio quando integrava o grupo Proletariados Armados pelo Comunismo. Ele chegou ao País em 2004, onde foi asilado, mas preso em 2007 e 2009, quando o mesmo STF autorizou sua extradição, negada pelo presidente Lula (PT) em 2010.

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