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Cidades

PM e Bombeiros decidem 'paralisar' trabalhos na próxima sexta-feira

Militares cobram 7% de reajuste, índice igual ao oferecido aos policiais civis, mas Estado propôs 5,49%

Nyelder Rodrigues e Mirian Machado | 29/08/2017 19:56
Bombeiros e policiais militares decidiram nesta terça-feira pelo aquartelamento (Foto: Divulgação/ACS)
Bombeiros e policiais militares decidiram nesta terça-feira pelo aquartelamento (Foto: Divulgação/ACS)

Discordando do valor de reajuste salarial proposto pelo Governo, bombeiros e policiais militares decidiram em assembleias na tarde desta terça-feira (29) em várias cidades de Mato Grosso do Sul pelo aquartelamento de 24h das tropas, na próxima sexta-feira (1). A expectativa é que 70% da tropa fique aquartelada.

Como greves são proibidas no código militar, a opção mais próxima para membros da PM (Polícia Militar) e Corpo de Bombeiros realizar reivindicações salariais é o aquartelamento - no caso, os militares vão ao trabalho normalmente, porém, ficam nos quartéis, realizando apenas os serviços de rua de extrema urgência.

Ao todo, foram 13 assembleias da ACS (Associação de Cabos e Soldados da Polícia Miliar e do Corpo de Bombeiros) promovidas no Estado, sendo que primeiro foi decidido pelo aquartelamento em Campo Grande e Dourados, as duas maiores.

Depois, nove das regionais optaram seguir a Capital e a regional douradense no movimento, enquanto apenas Três Lagoas, Coxim e Bataguassu optaram não aderir ao protesto em busca de melhoria salarial.

Segundo a ACS, o valor do reajuste salarial que o Governo do Estado ofereceu à categoria foi de 5,49%, enquanto o pedido é que seja igualado ao percentual oferecido à Polícia Civil, de 7%.

Segundo o presidente da ACS, Edmar Soares da Silva, o pedido na verdade era de 12%, mas o Estado alegou que a crise financeira impossibilitou a conceção do mesmo. "Nós pedimos o compromisso para o início do ano que vem chegar ao patamar que foi convencionado no ano passado, mas nos empurraram com a barriga até agosto", disse.

Edmar ainda completa que "se nos der os 7% aí o assunto está encerrado", afirma o líder da Associação de Cabos de Soldados "A princípio, só por um dia, pois temos que proteger a sociedade e não podemos deixá-la a mercê da vagabundagem. Quero que o Governo nos chame amanhã e dê tratamento igual. Na outra semana, teremos novas deliberações".

Até sexta-feira, a ACS não fecha as possibilidades de negociação, frisa a entidade, garantindo que, se até lá o Governo apresentar alguma proposta que atenda aos 7% pedido, o aquartelamento será cancelado.

Doação de sangue e acampamentos - A paralisação terá início na manhã desta sexta-feira com os militares indo ao Hemosul em uma campanha de doação de sangue. Depois, eles pretendem também criar acampamentos em locais estratégicos.

No dia seguindo ao aquartelamento, sábado (2), a ACS prevê ainda que deverá ocorrer uma manifestação na avenida Afonso Pena, esquina com a rua 14 de Julho, Centro de Campo Grande.

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