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Cidades

Polícia recupera moto, mas não a entrega ao dono

Redação | 10/01/2008 17:44

Há 12 dias, Francielle Mara da Conceição Guerreiro, de 21 anos, espera que a polícia dê notícias sobre a motocicleta Honda Titan (placas HSZ-4859), que, após ser levada em um assalto no dia 26 de dezembro, foi recuperada no dia 29. "Li no Campo Grande News que a moto foi localizada no bairro Nova Jerusalém. Mas como era fim de ano, dei um tempo para que a polícia me procurasse", recorda.

Na quarta-feira, dia 2, Francielle iniciou a busca, ainda sem resultado efetivo, do paradeiro do veículo. "Liguei na Defurv [Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos] e falaram que não tinham achado nada. E, que se encontrasse, ligariam. Na Derf [Delegacia Especializada de Roubos e Furtos], informaram que localizaram apenas o quadro da moto. Mas pediram para aguardar, que entrariam em contato", relata. O quadro é estrutura central da motocicleta.

 Francielle Guerreiro reclama da falta de respeito. "A gente é trabalhador, assalariado. E quando consegue uma coisa, vem alguém, rouba e a polícia não está nem aí", enfatiza. Sem moto ou mesmo parte dela, ela e o marido, Diogo Carvalho Coelho, de 22 anos, arcam com os custos de um bem que não possuem mais. Com quatro parcelas pagas, o financiamento do veículo se estende por 42 meses. A moto foi roubada por dois homens no Jardim Centenário.

Lógica similar - em que a vítima é a responsável por acionar a polícia, mesmo depois do caso já ter sido repassado à Polícia Civil, a quem cabe a investigação - foi constatada no caso do roubo de uma caminhonete no jardim Bela Vista. Um veículo GM S-10 foi levado no último dia 3, quando estava estacionado no cruzamento das ruas Domingos Marques e Dona Joana. O crime foi testemunhado por um vigia, que foi agredido por um dos assaltantes. Ele viu o rosto do autor do roubo, mas ainda não foi ouvido para fazer um retrato-falado.

Segundo o delegado da Defurv, Geraldo Barbosa, a vítima que queira fazer o retrato-falado do autor de um crime deve procurar a delegacia e agendar um horário. "Então, marco com os policiais do departamento de inteligência, e a pessoa passa a descrição", explica.

Ainda conforme o delegado, como, em geral, os assaltantes utilizam capacetes ou a ação do roubo é muito rápida o serviço de retrato-falado é pouco utilizado. O delegado aponta que as informações sobre o veículo são repassadas a um banco de dados. Quanto à qualidade procedimento das investigações, ele preferiu não opinar. "A gente está investigando, trabalhando".

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