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Cidades

População sofre com onda de assaltos em Campo Grande

Redação | 26/01/2010 14:25

Moradores de diferentes bairros em Campo Grande vivem atormentados com o crescimento de assaltos a residências e lojas, com um agravante: nos últimos dias a população é vítima de homens disfarçados de policiais e agentes de saúde.

Hoje, 3 foram presos, depois de assaltos na região da saída para São Paulo, usando roupas de policiais. Uma dupla rendeu sete pessoas e um dos assaltantes acabou preso no bairro Universitário. Na avenida Guaicurus, outros bandidos roubaram um gol e foram até a casa da motorista para roubar outros objetos e também acabaram presos.

A Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos) já investiga dois roubos praticados por dupla que se apresentou como agentes de combate à dengue, só neste mês, em Campo Grande. No último deles, no bairro Aero Rancho, a vítima chegou a ser atingida por um tiro na nuca, disparado por um dos assaltantes.

Os assaltos a mão armada assustam e cada dia mais são rotina, da periferia da cidade aos bairros centrais. No bairro São Francisco, uma família foi surpreendida por ladrões e da forma mais clássica, na porta de casa.

Valéria Aparecida dos Santos, de 42 anos, deixava a residência à noite, acompanhada pelo marido e o filho caçula.

Os três fariam um lanche, quando foram surpreendidos por dois homens armados. Segundo a vitima, um dos homens vestia roupas semelhantes a da Polícia e a agrediu com um tapa no rosto.

Eles mandaram que os três voltassem para casa e já perguntaram pelo cofre. Roberto Matias, marido da vítima que trabalha como representante comercial, acredita que eles tinham informações sobre a rotina da casa.

O escritório de Roberto funciona no imóvel, localizado na Euler de Azevedo. Conforme relatos do casal, já na abordagem os assaltantes deram indícios que sabiam o que eles poderiam encontrar lá. "Eles já chegaram perguntado pelo cofre", lembrou Roberto sobre os assaltantes que usavam pistola 380.

A dupla fugiu levando cerca de R$ 2 mil e dois aparelhos de telefone celular. Para Roberto, a experiência vivida pela família deixou uma sensação desagradável. "Fica uma sensação de humilhação e de que não temos segurança, o que motiva a vontade de agir com as próprias mãos".

LOnge dali - "Vivemos em um inferno", definiu um comerciante do bairro Aero Rancho. "Foram mais de 12 assaltos, contando, dá de um a dois assaltos por mês", emendou o homem que preferiu não se identificar.

No iníco do mês, o assalto a um depósito de material de construção ganhou destaque com a prisão de ladrões que renderam o proprietário do estabelecimento localizado na rua Raquel de Queiroz.

Quatro homens armados invadiram o local por volta das 7h45, e levaram todo o dinheiro do caixa, cerca de R$ 2 mil, depois fugiram em uma Parati branca, rumo ao bairro Los Angeles. Por sorte, a Polícia Militar estava próxima ao local e consegui prender os ladrões durante a fuga.

Mesmo com ação rápida da Polícia que recuperou boa parte do dinheiro e os objetos roubados, Celso Fernandes, dono do depósito, reclama que os bairros são abandonados. "Foi muita sorte. Eles estavam por perto e os vizinhos anotaram a placa do carro", avaliou o empresário.

Celso acredita que mesmo tendo investido pesado no sistema de segurança do depósito, nada pode ser feito em relação ao assalto a mão armada. "Não há o que pode ser feito nesse caso".

Depois do susto, Celso pensa em reunir os vizinhos para contratar um segurnaça particular para tentar evitar ações também vivenciadas por outros comerciantes da região.

Lúcia Lopes é proprietária de uma loja de roupas femininas, próxima ao depósito e já passou pela experiência por duas vezes. Para ela, o investimento em equipamento de segurança não vai evitar as ações de bandidos.

"Pode dificultar, mas não evita". A loja dela foi invadidaduas vezes, em uma delas, os bandidos entraram durante a madrugada e levaram roupas e um computador. "Coloquei só cerca e alarme e acho que só vai dificultar um pouco o trabalho deles".

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