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Cidades

Prefeitura ignora MPE e não apresenta solução para falta de leitos

Lidiane Kober | 04/12/2013 18:49

Até às 17 horas desta quarta-feira (4), a Prefeitura de Campo Grande ignorou pressão do MPE (Ministério Público Estadual) e não apresentou à promotora de Justiça de Saúde, Filomena Aparecida Depólito, solução para a falta de leitos de urgência em Campo Grande. Ela deu prazo de 10 dias para a administração municipal se manifestar e o tempo expira a meia-noite de hoje.

Procurada pelo Campo Grande News, a assessoria do MPE garantiu que, até às 17 horas, a prefeitura não se pronunciou, nem pediu a prorrogação do prazo. Sem uma resposta, a promotora evitou se manifestar sobre o caso e informou, via assessoria, só falar amanhã.

De acordo com o presidente da Santa Casa, Wilson Teslenco, na semana passada, o “staff” da secretaria municipal de Saúde foi ao hospital para discutir medidas a fim de abrir mais leitos em Campo Grande e tentar minimizar a superlotação nas instituições de saúde.

“A prefeitura anunciou a criação do 3º turno na Santa Casa, vamos imobilizar pacientes, mandar para casa, com data de retorno, a fim de realizar os procedimentos cirúrgicos em três mutirões, previstos por semana”, relatou Teslenco.

Para ele, a medida vai “aliviar a demanda”. “Hoje, o nosso grande problema são os pacientes que ficam a espera da cirurgia, eles acabam ocupando leitos que poderiam estar abertos para outros”, explicou. Só na segunda-feira (2), por exemplo, 37 pessoas estavam à espera de cirurgia. Ontem (3), a fila é de 33 pacientes.

Mortes – No último sábado (30), a falta de CTI (Centro de Tratamento Intensivo) rendeu mais uma morte em Campo Grande. Creonilda Coelho de Lima, 45 anos, ficou quatro dias no posto de saúde do Bairro Coophavila à espera de um leito. De acordo com o laudo médico, a morte foi causada por pneumonia e tuberculose.

O caso não é o primeiro e, por isso, a promotora de Justiça de Saúde deu, dia 20 de novembro, 10 dias para o prefeito e o secretário municipal de Saúde, Ivandro Corrêa Fonseca, solucionarem a falta de leitos hospitalares pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O objetivo é acabar com o caos no sistema de emergência, que está obrigando a rede pública a improvisar UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) nos postos de saúde.

Segundo a promotora, a superlotação dos estabelecimentos hospitalares e a falta de leitos, normais e nas UTIs, impossibilita a prestação de serviços de urgência e emergência, colocando em risco a vida dos pacientes. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da secretaria de Saúde não retornou as ligações.

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