Presos da Colônia Penal praticaram 170 crimes em 2 anos
Os detentos da Colônia Penal Agrícola, em Campo Grande, foram responsáveis por 170 crimes entre os anos de 2006 e 2007. O número foi divulgado pelo próprio secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Brasil Jacini, e faz parte do levantamento que integra o estudo e o projeto de desativação e reestruturação da Colônia Penal. Através de sua assessoria, Jacini disse ainda que a maioria dos crimes praticados pelos presos do regime semi-aberto são roubos e furtos, mas se negou a dar maiores informações sobre o estudo, alegando "motivo de segurança".
Por estarem em regime semi-aberto, os detentos que trabalham são autorizados a sair durante o dia, mas devem retornar à noite. Mas todos (polícias, agentes penitenciários e Secretaria de Segurança) concordam que não é o que acontece. Muitos saem à noite para praticar crimes.
O detento que não retorna durante o dia deveria perder o direito ao regime diferenciado, mas por causa da superlotação dos presídios alguns acabam permanecendo na Colônia. Foi o que aconteceu com o condenado por tráfico André Pereira Lino, de 25 anos, que no dia 9 de janeiro foi flagrado fora da Colônia pela segunda vez e recapturado.
Com apenas dois agentes penitenciários por turno, o entra-e-sai é constante na Colônia. Na última operação pente-fino, foram contabilizados 27 foragidos, sendo que três acabaram recapturados na manhã do mesmo dia. Além disso, os policiais militares encontraram dinheiro (que teria sido conseguido através de roubos e furtos) e roupas femininas, o que evidencia que prostitutas continuam a entrar no local. Para completar a lista de produtos apreendidos é preciso acrescentar ainda: bebidas, drogas, armas brancas, celulares e carregadores.
A Secretaria de Justiça e Segurança Pública ainda estuda uma solução para o local que abriga 657 detentos, mas tem capacidade para 250. A Colônia Penal pode ser transferida de lugar ou reestruturada no mesmo.