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Cidades

Procurador da Lava Jato diz na Capital que reflexo na eleição é imprevisível

Deltan Dallagnol dá palestra nesta noite durante evento em Campo Grande e diz que vivemos um "momento especial"

Gabriel Neris e Anahi Gurgel | 10/08/2018 18:21
Procurador Deltan Dallagnol durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira em Campo Grande (Foto: MPMS/Divulgação)
Procurador Deltan Dallagnol durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira em Campo Grande (Foto: MPMS/Divulgação)

O procurador federal da equipe da operação Lava Jato Deltan Dallagnol, afirma que será impossível prever os critérios dos eleitores na escolha de candidatos para as próximas eleições. Em Campo Grande, onde cumpre agenda nesta sexta-feira (10) e sábado, o procurador afirmou que as investigações da Lava Jato poderão provocar dois efeitos, totalmente contrários.

"O primeiro efeito é que o eleitor escolha melhor seu representante, alguém comprometido com a integridade. O outro é carimbar todos os políticos de corruptos, e o eleitor deixa de usar esse critério de integridade como critério de eleição. Passa a se basear em outros critérios. Qual vai prevalecer? É impossível prever", disse.

Questionado sobre a participação de envolvidos na investigação nas eleições, o procurador citou que é o eleitor quem ter que fazer a peneira.  "Cabe a nós avaliarmos em quem vamos votar. Vivemos um momento especial, queremos caminhar com mais tranquilidade".

Durante a coletiva de imprensa, o procurador cobrou o apoio da sociedade no combate a corrupção. "Se queremos reduzir índices de corrupção precisamos ir além, precisamos mudar as condições de ambiente político, empresarial, de justiça criminal, que favorecem a corrupção no Brasil". Também citou a Itália como um exemplo de país que enfrentou a corrupção, porém anos depois teve suas operações questionadas.

"O Ministério Público tem dentre suas atribuições fundamentais defender a democracia e buscando fraudes ou irregularidades eleitorais. Ao mesmo tempo a atuação contra a corrupção busca uma lisura. Quando um partido tem mais dinheiro de propina do que com verba do fundo eleitoral, isso desequilibra o jogo democrático em favor de quem pratica crimes, corrupção. A propina alavanca a permanência dos corruptos no poder", discursou.

Deltan Dallagnol também citou a participação do jovem na eleição. "Muitas vezes o jovem não se vê como parte do problema, nem como parte da solução em relação a corrupção. O que podemos perceber é que os índices de corrupção afetam o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) dos países. Quanto maior a corrupção pior a perspectiva de vida", comentou.

O procurador da República e Coordenador da Força-Tarefa cumpre agenda em Campo Grande. Além de conceder a coletiva na sede da Procuradoria-Geral de Justiça para a imprensa, ele fechou com chave de ouro o “Simpósio de Direito Eleitoral” promovido pela Escola Superior do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul proferindo palestra sobre o tema “O Ministério Público nas Eleições de 2018”.

Dallagnol palestrará, nesta noite, o “Simpósio de Direito Eleitoral” promovido pela Escola Superior do Ministério Público com a palestra sobre o tema “O Ministério Público nas Eleições de 2018”. Às 19h será a vez da Unigran Capital receber o procurador para a palestra “Corrupção, Lava Jato e Eleições 2018”. 

No sábado, as novas turmas de pós-graduação da Escola de Direito do Ministério Público contarão com a Aula Magna com a ilustre presença do Procurador da República Deltan Dallagnol que ministrará o tema “Lava Jato, Corrupção e Impunidade”.

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