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Cidades

Puccinelli diz não ter mais pressa sobre reajuste

Redação | 07/04/2008 09:16

O governador André Puccinelli diz não ter mais pressa para encaminhar à Assembléia Legislativa o projeto de lei com os índices de reajuste e abonos aos servidores estaduais. A proposta ainda não está fechada, e pode chegar aos deputados só na próxima semana, anunciou Puccinelli.

Em conversa com jornalistas hoje, André falou sobre as últimas negociações com as categorias e garantiu que os únicos impasses que persistem são com os agentes penitenciários e com os policiais civis, que ainda não aceitaram as propostas do Executivo.

Entidades que representam os policiais militares, que também divergiam dos índices, já teriam concordado com os números, assegurou o governador.

Puccinelli não citou a Fetems, que representa os professores da rede estadual. Na sexta-feira passada, em Assembléia, a entidade anunciou que continuará mobilizada até que seja recebida pelo governador e tenha acesso a íntegra do projeto de lei. A Federação garante que não aceitará um vírgula a menos do que foi definido em acordo assinado em 2007. Até a manhã desta segunda, nenhuma audiência havia sido marcada entre Fetems e governo.

Enxugar - Após as negociações da última semana, os cálculos do governo tiveram de ser revistos. Agora a previsão de impacto nas contas do Estado, com o reajuste, supera os R$ 11 milhões, informou Puccinelli. Diante do novo quadro, o governo decidiu que ira reduzir as verbas de custeio em 1% e diminuir os investimentos previstos para 2008 em 1,5%.

O reajuste linear proposto continua em 3%, mas outros 4,75% serão repassados à algumas categorias para corrigir distorções entre servidores que desempenham mesmas funções, com mesma formação, mas recebem salários diferentes. Também está previsto abono de R$ 100,00.

A categoria que não aceitar o texto final e fizer greve perderá o abono, ameaça Puccinelli.

Impasse - Sobre os policiais civis, o governo deve apresentar nova proposta amanhã, conforme comunicou na última sexta-feira à categoria o secretário de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini. A informação foi suficiente para impedir que os policiais boicotassem a Operação Tentáculo, desencadeada no dia 4.

O governo oferece 7,79% de aumento aos policiais. Eles defendem remuneração mínima equivalente a 40% do salário de um delegado (7,2 mil). Isso elevaria o salário de investigadores, escrivães e papiloscopistas de R$ 1,6 mil para R$ 2,8 mil, e significaria um ganho salarial de 75%.

A categoria também quer que o governo crie mais uma classe de salários entre os agentes. A 4ª categoria seria para os que entrassem por concurso público que ganhariam o que hoje recebem os em início de carreira: R$ 1,6 mil. A criação dessa classe elevaria simultaneamente os salários dos mais antigos na corporação.

Reação - Já os agentes penitenciários ameaçam operação padrão, com redução em 50% dos trabalhos realizados hoje nos presídios, caso o governo não reveja a proposta. Os agentes aceitaram aumento de 3%, mas desde que o governo pague abono de R$ 200,00.

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