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Cidades

Sem asfalto há 20 anos, morador improvisa para rua ficar transitável

Filipe Prado | 27/10/2013 08:36
Poça formada por conta da chuva na região (Foto: Cléber Gellio)
Poça formada por conta da chuva na região (Foto: Cléber Gellio)

A falta de asfalto é a principal reclamação dos moradores do Bairro Oliveira 2. Desde que o conjunto foi criado, há cerca de 20 anos, os moradores sofrem com o problema das ruas com barro e buracos. Tem morador que até improvisa, como aterrar a frente da casa, para conseguir trafegar pelas vias do bairro.

O maior problema é quando ocorrem as chuvas, segundo os moradores, as ruas ficam intransitáveis. Marcio Ortega, 31 anos, que mora na região desde junho deste ano, diz que, quando chove, as ruas ficam com muito barro e não pode levar o filho na escola. “A gente não consegue passar por aqui. Esses dias choveu e eu não pude levar o meu filho para a escola. Fica muito bairro”, queixou-se.

O trabalhador autônomo Milton Batista da Silva, 54, mora no bairro há oito anos e conta que sempre teve este problema com a falta de asfalto. “Aqui parece que está abandonado, nunca saiu asfalto por aqui. A prefeitura colocou cascalho na rua, mas não ficou bom”, comenta.

Os moradores tiveram que tomar algumas atitudes para transitar pelas ruas. Milton conta que ele mesmo teve que aterrar algumas partes da rua Antônio Vieira D’Almeida, onde mora. “Eu tive que aterrar aqui, senão não conseguia sair de carro por aqui, e as pessoas também não passariam”, relata.

Rosalina Alves Franco, 75, que reside no Oliveira 2 desde que o bairro foi criado, reclama que eles precisam do asfalto, nem que pague pelo benefício. “O problema é que não tem previsão de asfalto por aqui e nós queremos o asfalto, mesmo que paguemos por ele”, afirma.

Rosalia afirma que, por conta dos buracos nas ruas, já caiu andando de bicicleta e tem sequelas até hoje. “Há um tempo eu estava andando de bicicleta e estava desviando das pedras que tinhas por aqui, então cai em um buraco. Não fui ao médico na hora, mas hoje eu tenho dores, que começaram depois de eu ter caído”, comenta.

Por não ter asfalto na rua às casas acabam sendo desvalorizadas, como comenta o micro empresário Walter Fernandes Reis, 46. “Por conta destas coisas as casas acabam ficando desvalorizadas e os impostos continuam grandes. Nós não podemos vender uma casa com valor pequeno”.

Abaixo assinado – A dona de casa, 59, que não quis se identificar, diz que já organizou vários abaixo assinado para que o asfalto fosse colocado no bairro, mas ela comenta que já desanimou de pedir. “Fui uma das primeiras moradoras daqui, organizei mais de três abaixo assinados, mas nada aconteceu. Todo ano dizem que vão asfaltar aqui, porém até agora só passaram um cascalho”, lamenta.

Milton teve que "cascalhar" a rua onde mora para que pudesse transitar (Foto: Cléber Gellio)
Milton teve que "cascalhar" a rua onde mora para que pudesse transitar (Foto: Cléber Gellio)
Os moradores reclamam da situação das ruas do bairro (Foto: Cléber Gellio)
Os moradores reclamam da situação das ruas do bairro (Foto: Cléber Gellio)
Dona Rosalia comenta que já caiu por conta dos buracos nas ruas (Foto: Cléber Gellio)
Dona Rosalia comenta que já caiu por conta dos buracos nas ruas (Foto: Cléber Gellio)
Eles reivindicam o asfalto para o bairro (Foto: Cléber Gellio)
Eles reivindicam o asfalto para o bairro (Foto: Cléber Gellio)
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