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Cidades

STF nega liberdade para médico acusado de matar colega

Redação | 31/12/2007 16:59

O Supremo Tribunal Federal negou pedido de habeas corpus encaminhado pelos advogados do médico paraguaio Miguel Angel Carballar Arevalos, acusado de assassinar o colega Ademir Aparecido Pimenta dos Reis. O crime foi cometido em 21 de março, sendo inicialmente considerada uma tentativa de assalto. O Superior Tribunal de Justiça e o Tribunal de Justiça do Estado já haviam negado o pedido anteriormente.

O habeas corpus foi negado pela ministra Ellen Gracie, presidente do STF. Em sua defesa, Arevalos alegou ser réu primário, ter profissão lícita e residência fixa; bem como contesta o decreto de prisão preventiva, que não estaria fundamentado e teria sido baseado em confissão obtida sob tortura. Ao ser consultado sobre o caso, o STJ havia assinalado "possibilidade concreta de fuga do ora paciente, uma vez que não possui quaisquer vínculos com o distrito da culpa, aliás, nem com o nosso país, visto ser cidadão estrangeiro", e que "apesar de ser profissional da área médica, demonstrou profundo desprezo pela vida humana", informou o STF, via assessoria.

Ellen Gracie, por sua vez, considerou que tanto o decreto de prisão quanto a decisão do STJ "se encontram motivados, apontando as razões de seu convencimento e a necessidade de manutenção da custódia preventiva", mantendo assim a prisão de Arevalos. Ele se encontra detido em Campo Grande.

A vítima atuava em Taquarussu, mas vivia em Nova Andradina. Reis foi abordado na MS-437, rodovia que liga os dois municípios, em uma emboscada na qual Arevalos teria contado com a colaboração do vigilante Waldir Roque e a auxiliar de enfermagem Fátima Granja Rodrigues. Na ocasião, ficaram feridas também uma psicóloga e uma enfermeira que acompanhava o médico. Quando a prisão foi efetuada, as investigações apontavam para duas possibilidades: a de que Arevalos teria matado o colega para assumir seu emprego; e de que Reis teria denunciado o médico paraguaio por uso de falso diploma.

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