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Cidades

TCU: Mandetta diz que prevenção à dengue foi dificultada

Redação | 01/01/2009 19:56

O secretário Municipal de Saúde de Campo Grande, Luiz Henrique Mandetta, desconhece o trâmite do processo do TCU (Tribunal de Contas da União) que poderá condená-lo por omissão e ineficiência por falta de ação na época do surto de epidemia de dengue em Campo Grande, em 2007.

Segundo o relatório do TCU, a falta de ação de Mandetta e de mais três administradores da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) foi a causa para que a doença atingisse 46 mil pessoas e matasse duas. O processo responsabiliza Mandetta, o chefe do serviço de controle de vetores, Alcides Divino Ferreira, o ex-coordenador de vigilância em saúde Eugênio Oliveira Martins e a atual, Emília Kanomata.

Mandetta só lembrou que, na época do surto de dengue, a situação de prevenção dos agentes foi dificultada na Capital, pois 35% dos imóveis estavam fechados para venda e aluguel. Essa situação mudou, afinal, atualmente a prefeitura tem autorização judicial junto às imobiliárias para que os agentes entrem nesses locais.

O secretário ainda reforçou a o discurso de que "falta educação ambiental e histórica no Brasil. As pessoas tem muito descuido com papéis, plásticos".

Em sua opinião, "Campo Grande teve a maior epidemia proporcional de dengue no país e proporcionalmente o menor índice de letalidade, já que foram 46 mil casos registrados e duas mortes, enquanto o Rio de Janeiro contabilizou a metade dos casos, registrando 114 óbitos".

De acordo com o TCU, um processo que será julgado no início de 2009 poderá punir os gestores públicos com multa de até R$ 24 mil reais, além de inabilitá-los ao exercício de função pública por até cinco anos.

O TCU revela que em 2006, o município recebeu R$ 4 milhões do Ministério da Saúde para enfrentar a dengue e descumpriu as metas - a epidemia ocorreu no verão seguinte. Ainda segundo o TCU, a administração local só contratou os agentes de saúde para combater o mosquito quando a epidemia já estava instalada.

Na opinião do Tribunal houve falhas nas visitas a residências e os relatórios não alertaram para a possibilidade de surto. Nem a aspersão de inseticida foi feita de maneira adequada. Apesar do número de mortes ser considerado baixo, o TCU acredita que isso não redime as autoridades.

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