Vizinhos denunciam fábrica de massas por poluição

Uma denúncia de poluição levou hoje pela manhã agentes DECAT (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista) a uma fábrica de massas, localizada na Vila Almeida, na região do Santo Amaro, em Campo Grande.

A ativação da fábrica, cercada por residências, começou a gerar constantes reclamações de vizinhos. A fumaça e a fuligem eliminada durante o funcionamento do forno é o que mais incomoda a moradora Ilda Farias de Assis de Souza, de 71 anos.

A casa dela faz fundos com fábrica e conforme a moradora, o que é apontado por ele como motivo do problema respiratório que enfrenta. "Na hora que o forno está funcionando, não dá nem pra eu ficar na minha cozinha", conta.

A dona de casa ressalta que há cerca de dois anos ela e moradores próximos dali tentam resolver o problema de forma pacifica com o proprietário, mas todas as medidas adotadas pela empresa não foram suficientes para sanar o problema. "Já convidei eles para virem ao meu velório", protesta.

Na chaminé, uma espécie de filtro foi colocado para tentar evitar que os resíduos da madeira cheguem até a vizinhança. Alternativa que segundo a moradora não teve resultado algum. "Eles tentaram ainda diminuir o tamanho da chaminé e trocar a madeira, mas está cada dia pior", reclama.

Apesar da reclamação da moradora, a aposentada Leida Martins Roa, de 62, que reside ao lado da fábrica, localizada na rua Américo Brasiliense, diz não ter reclamações da fábrica. "Não me dá nenhum problema. Tenho meu pai doente que fica de cama e não traz nenhum problema para ele", disse.

Os policiais disseram que, a princípio, a denúncia de poluição por fumaça e fuligem não foi constata por que o forno não funcionava no momento da visita, mas a perícia vai até o local ainda hoje e deve detectar se há ou não poluição.

A fábrica funciona no local há dois anos, Preliminarmente, os policiais comentam que o filtro instalado, aparentemente, não resolve o problema da poluição.