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Em Pauta

"Guerra ao açúcar" traz grandes efeitos no mercado mundial

Mário Sérgio Lorenzetto | 24/05/2017 07:11
"Guerra ao açúcar" traz  grandes efeitos no mercado mundial

A imensa campanha mundial pela procura de produtos tidos como mais "saudáveis", com menos açúcar, reduziram a procura do produto no mundo todo. A "guerra ao açúcar" ameaça a indústria de 150 bilhões de dólares que, este ano, enfrena uma drástica queda nos preços de 16% e, para piorar, há um decréscimo na procura desse alimento visto até pouco tempo como essencial. E a equação ruim para o açúcar brasileiro não para de piorar. A Europa está produzindo mais açúcar de beterraba, bem como a Índia - nosso maior concorrente. O resultado é o excesso de açúcar nos mercados mundiais. Não há perspectiva de melhoria em curto prazo.
Desde a década de 1960 que o aumento da procura de açúcar duplicava, por pessoa, mas a recente tendência de retirada de açúcar de refrigerantes e da produção de "doces sem doce", acusados agora como os responsáveis diretos pela epidemia de obesidade, inverteu a tendência.
A Coca-Cola, por exemplo, está trabalhando em nada menos de 200 reformulações de produtos, em todas retirando açúcar. A Pepsi-Cola jura que pelo menos dois terços de seus produtos terão menos açúcar brevemente. A Nestlé anunciou que tinha descoberto uma fórmula de reduzir até 40% do açúcar em seus chocolates.
Cidades norte-americanas como Filadélfia e São Francisco e países como a França e o México criaram impostos e taxas elevadíssimos para o açúcar, assemelham-se aos cobrados das bebidas alcoólicas e tabaco. Na China e nas Filipinas estão trocando o açúcar oriundo da cana, por frutose de milho, considerado mais saudável e barato. Só a China, com a nova política da frutose de milho, teria reduzido a compra de 3,3 milhões de toneladas de açúcar de cana no ano passado. A crise de nosso açúcar é pesada.

"Guerra ao açúcar" traz  grandes efeitos no mercado mundial

Ciência se aproxima da pílula que substitui os exercícios físicos.

Há anos, existem pesquisas para desenvolver medicamentos que substituam os benefícios de uma corrida. Há poucos dias, o Instituto Salk, de San Diego (EUA), mostrou como um fármaco experimental conseguiu melhorar extraordinariamente a resistência de ratos. Um grupo de ratos que ingeriu o medicamento correu durante 270 minutos até cair esgotado. Outro grupo de ratos, que não ingeriu a droga, só conseguiu correr por 160 minutos antes de desfalecer. A diferença é abissal.
O medicamento, conhecido como GW501516, foi desenvolvido nos anos 90 com a intenção de tratar enfermidades cardiovasculares e metabólicas. Todavia, não foi levado ao mercado pelo temor de quando usado em excesso pudesse levar ao câncer. Os atletas de alta performance descobriram esse medicamento que foi largamente utilizado nas Olimpíadas de Pequim. Agora, ele está na lista dos fármacos proibidos.
Após novas pesquisas, publicadas na respeitada revista científica Cell, observaram que o medicamento além de produzir uma resistência extraordinária, melhora o controle dos níveis de açúcar no sangue - importante tarefa para diabéticos - e provoca a perda de peso.
Se importante para todos, a pílula é ainda mais essencial para pessoas com paraplegias ou hemiplegias, que deterioram os músculos e o metabolismo. Esse fármaco induz uma reorganização do metabolismo para evitar consumir de maneira acelerada os açúcares e ao mesmo tempo leva o organismo a consumir mais gordura, que produz uma potência bem maior. A pílula também está associada a um aumento na quantidade de mitocôndrias - as "usinas de energia" das células - e a mudanças nas fibras musculares.
As pesquisas necessitam de complementação para verificar se a pílula não nos trará problemas musculares, no fígado e no coração.

"Guerra ao açúcar" traz  grandes efeitos no mercado mundial

A violência é uma doença e pode ser "curada" sem tiroteio.

Os cientistas levaram séculos para entender as epidemias. Faziam o diagnóstico errado das doenças. O mesmo acontece com a violência. Se não conseguirmos entender suas motivações, não sairemos do antiquíssimo ciclo vicioso de combater a violência com mais violência. Após muitos estudos, cientistas descobriram que era possível construir mapas de violência como se fossem mapas de epidemias. Os estudos e a primeira experiência de caso foram realizados em uma região de Detroit (EUA) com altos índices de violência. Perceberam que a violência se espalhava, como se fosse a cólera ou malária, por meio de brigas de gangues, estupros, assassinatos e suicídios. Um tipo de violência provocava outro. Tinham de atacar o "germe", antes que disseminasse.
Para o distrito de West Garfield, de Detroit, foram contratados "interruptores de violência" para atuar igual a agentes de saúde, só que agiriam em casos iniciais de violência. Eles faziam visitas diárias a líderes de gangues e grupos violentos, além de seus amigos e familiares, e davam conselhos uteis como orientações para cursos ou emprego. Em um ano, West Garfield viu o número anual de tiroteios cair 67%.

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