Dona Maria Domingas, a 1º que enfrentou as adversidades do Pantanal
Miranda era uma vila pobre e esquecida. Mas tinha muitas festas. Era a ocasião em que os fazendeiros acertavam seus negócios, o tempo em que se faziam os batizados e os casamentos. A época em que as moças conheciam seu futuros maridos. Era a festa! A alegria de rever os primos, saber das últimas novidades, usar o tão esperado vestido novo.
A pioneira.
O mais antigo morador de Miranda, com fazenda na margem do rio, parece ter sido João Maria Velho. Também da mesma família, Dona Maria Domingas foi a pioneira nesse lado do Pantanal. Seu filho, Caetano da Silva Albuquerque e os sobrinhos João Mamede e João Canuto de Faria, inscreveram seus nomes na defesa do povo quando da Guerra contra os guaranis.
O porto de Maria Domingas.
O porto de Maria Domingas marcava no rio Aquidauana o local da fazenda da matriarca sertaneja, a pioneira entre as mulheres sul-mato-grossenses que enfrentaram galhardamente as dificuldades do Pantanal, então uma região selvagem e isolada, onde os índios da região estavam construindo laços de amizade com os brancos. Era uma região onde as cobras e os mosquitos povoavam o dia a dia. Nas noites longas ouviam o ronco das onças a rondar no escuro.
Primeiras investidas dos guaranis.
As fazendas da região já estavam sofrendo as primeiras investidas das tropas guaranis. Cobiçavam nosso território. Usavam o disfarce de compradores de gado ou apenas em viagem sem um rumo definido. Era assim que preparavam a invasão que logo aconteceria. Foi João Mamede, sobrinho de Dona Maria Domingas, o líder da fuga dos moradores de Miranda para os morros quando as tropas inimigas chegaram.
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