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Em Pauta

Caravana da Saúde. As críticas chovem e o povo da periferia adora.

Mário Sérgio Lorenzetto | 25/03/2015 08:18
Caravana da Saúde. As críticas chovem e o povo da periferia adora.

Caravana da Saúde. As críticas chovem e o povo da periferia adora.

A Caravana da Saúde é o primeiro ato do governo Azambuja. Passaram-se quase três meses de ocupação indevida da mídia local para noticiar... nada. Muito blábláblá e nenhum conteúdo. As 18 mil cirurgias prometidas pelo mutirão são um alento para aqueles que delas necessitam. Enfim, uma boa notícia para o setor de saúde tão combalido e criticado em todas as regiões do Estado.

"As críticas começam a surgir torrencialmente, especialmente dos médicos e demais profissionais da área de saúde. A prática de mutirões é obsoleta e não contempla a continuidade dos tratamentos de saúde. Por onde o mutirão passa resolve os problemas momentaneamente, mas as consequências pela falta de cuidados posteriores pode ser nociva e ocasionar graves complicações ao paciente - esta é a pior consideração feita pelos mais renomados médicos. Surgem outros problemas com a Caravana da Saúde, o Instituto dos Olhos que foi contratado para colocar 4 caminhões e respectivos médicos oftalmologistas à disposição dos pacientes estaria com problemas legais e médicos em 4 unidades da federação. Falta de cuidados sanitários, perda total da visão de alguns pacientes e superfaturamento das cirurgias e demais intervenções criaram um alvoroço na Secretária de Saúde do Estado e no meio médico".

Todas as críticas são consideráveis e merecedoras de cuidados, averiguações e respeito. Todavia, basta ir a algum bairro periférico para ouvir a ansiedade dos moradores por esse serviço. Assemelha-se ao programa federal Mais Médicos - as críticas chovem e o povo adora.

Caravana da Saúde. As críticas chovem e o povo da periferia adora.

O rastro da bruxa começou na França. O acidente que matou 150 passageiros é o primeiro do ano.

Um Airbus de uma companhia alemã com 150 passageiros caiu nos Alpes franceses, após decolar de Barcelona (Espanha) tendo como destino, não cumprido, a cidade de Dusseldorf (Alemanha) . As primeiras notícias dão como certa a inexistência de sobreviventes, apesar da região ser inóspita e de difícil acesso. Em 2015 o rastro da bruxa (acidentes aéreos) começou cedo.

É bem verdade que viajar de avião continua sendo o meio de transporte mais seguro. O transporte aéreo registra média de 0,01 morte a cada 1,6 milhão de quilômetros viajados, enquanto os trens somam 0,04 e os automóveis 0,94.
As falhas humanas continuam sendo as maiores responsáveis pelos acidentes aéreos, pior quando combinadas às condições meteorológicas adversas e falhas mecânicas. O erro humano é responsável por 56% dos acidentes aéreos enquanto 20% dos casos tem por responsabilidade motivações mecânicas.

O número e a frequência dos acidentes dessa natureza estão em trajetória descendente. Frota mais nova e a evolução de sistemas de segurança do setor tornaram os acidentes mais raros. O pico foi na década de 1980, quando a média era de 61 acidentes por ano. Hoje a média está abaixo de 15 acidentes por ano.

Tudo melhorou na aviação comercial. Especialmente com os aviões de grande porte. Mas, se um avião cair a possibilidade de termos um só sobrevivente é quase nula. Como regra, sobreviventes só existem nos pousos de emergência e nas decolagens problemáticas.

Caravana da Saúde. As críticas chovem e o povo da periferia adora.
Caravana da Saúde. As críticas chovem e o povo da periferia adora.

A corrupção pode derrotar a democracia?

Historicamente, as democracias nascentes ou jovens se mostram instáveis na medida em que lhes faltam fortes instituições liberais - especialmente a aplicação das leis - que possam ajudar a apoiar a democracia durante as reviravoltas econômicas. Estudos de casos sugerem que a corrupção desenfreada é especialmente ameaçadora porque prejudica a confiança nas instituições democráticas. Existem muitos povos, e uma parcela dominante dos brasileiros, que dão mais valor à boa gestão, o que inclui melhores padrões de vida, do que à democracia.

Ironicamente, problemas econômicos podem melhorar as perspectivas de uma maior democratização na China e na Rússia. A legitimidade do Partido Comunista Chinês se escora cada vez mais na sua capacidade de garantir riqueza material para a sociedade chinesa. O ressentimento quanto à corrupção da elite é forte está nas ruas (não em manifestações de massa). O governo russo também poderá ser desafiado, caso os padrões de vida caiam de forma dramática, especialmente devido ao conflito na fronteira da Ucrânia, aos preços baixos do petróleo e à corrupção.

Ao contrário do que dizem alguns líderes petistas de que existiria um forte "udenismo" (UDN era um partido político dos anos 50), uma força política golpista embasada exclusivamente em denuncismos (hoje é impossível questionar a existência de mensalão e petrolão), quem mais labuta para derrotar a democracia são as práticas desonestas de alguns petistas e aliados.

Para que não paire dúvida. As sucessivas vitórias petistas para a presidência da república têm demonstrado que a população brasileira é permissiva com algum nível de corrupção, desde que o seu padrão de vida, o seu bem estar não seja afetado. O inverso é verdadeiro. A população está se mostrando ressentida, e chegará facilmente à raiva, com os casos de corrupção, caso o padrão de vida da população tenha uma queda abrupta e de longo prazo, e esse é o cenário econômico que todos acreditam que venha a ocorrer. Os petistas passarão para a história como os responsáveis por mais uma ditadura?

Caravana da Saúde. As críticas chovem e o povo da periferia adora.
Caravana da Saúde. As críticas chovem e o povo da periferia adora.

O orçamento Impositivo é eleitoreiro?

Acaba de ser promulgada a Emenda 86. Ela determina que as emendas individuais de deputados federais e senadores serão obrigatoriamente executadas. O Poder Executivo não poderá postergar para ano vindouro as emendas parlamentares. O governo federal terá de pagar essas emendas para não incorrer em crime, por isso recebeu a denominação de Orçamento Impositivo. É mais um sarcasmo dos deputados e senadores. As emendas deles são de cumprimento obrigatório e o resto do orçamento pode ser contingenciado ou até esquecido em alguma gaveta. O total das emendas dos parlamentares corresponde a 1,2% das despesas previstas no Orçamento da União. Os governantes terão de pagar essas emendas até quando um governo estadual, prefeitura ou entidade de qualquer natureza estiver devendo suas obrigações. E os outros 98,8% de gastos previstos no Orçamento como ficarão? Não é por acaso que os parlamentares são desaprovados pela população com índices ainda maiores que os governantes federais. A Emenda 86 é claramente eleitoreira.

Caravana da Saúde. As críticas chovem e o povo da periferia adora.
Caravana da Saúde. As críticas chovem e o povo da periferia adora.

As relações amorosas copiam as relações no mundo dos negócios.

Até meados dos anos 1960 as relações no mundo dos negócios eram sedimentadas, dificilmente eram modificadas. Os patrões eram sempre patrões, os funcionários raramente ascendiam para o mundo dos ricos. Empresários e trabalhadores mantinham relações estreitas, ainda que muitas vezes conflituosas, eles se conheciam. Uns sabiam muitos detalhes da vida dos outros. Interagiam em suas comunidades, frequentavam as mesmas igrejas, as mesmas organizações filantrópicas, as mesmas áreas de cultura e lazer. Havia muitos elementos intermediando as relações entre patrões e empregados; não era apenas o dinheiro. Também eram muito duradouras. Não bastava aos empresários terem lucros, tinham de conquistar relações duradouras e serem reconhecidos pela sociedade. Isso tudo mudou.

Criaram uma nova relação no mundo dos negócios. A denominada "tin open", uma relação que pode ser explicitada como "abrir, usar e jogar fora". O exemplo clássico é o das latas de sardinha. Abra a lata, coma e jogue fora. Está é a ideia das relações “tin open”. São essas as relações que predominam no mundo dos negócios desde os anos 1960. Todas as relações ou quase todas, foram modificadas. Os empresários conhecem muito pouco da vida de seus funcionários, as relações estabelecidas se dão apenas com o dinheiro como intermediador e elas tendem a ser cada vez mais rápidas e distantes (o entra e sai das empresas é uma norma na vida dos funcionários e há uma clara tendência dos funcionários trabalharem em suas residências e não mais no prédio das empresas). O dinheiro, somente o dinheiro regula as relações negociais.

Há um estreito paralelo entre as relações no mundo dos negócios e nas amorosas. Tal como os negócios, as relações entre os casais eram até essa época, duradouras, sedimentadas, estreitas (ainda que existissem conflitos). Os casais viviam no "mesmo mundo", na mesma comunidade e lhes era obrigatório a busca pelo reconhecimento e aceitação. As relações amorosas também mudaram mais ou menos na mesma época, década de 1960. Os casais começaram a implementar o seu "tin open" - estabelecem um conhecimento mínimo, vão para a cama e nunca mais se falam. Um tipo de relação rápida, que visa tão somente a conquista de orgasmos. Não necessitam de reconhecimento algum, pelo contrário, não anseiam pelo reconhecimento, nem mesmo o de caráter familiar. Não vivem no "mesmo mundo", não frequentam a mesma igreja, nem as mesmas organizações filantrópicas ou os mesmos estabelecimentos de cultura e lazer. O prazer, apenas o prazer, regula as relações amorosas.

Tanto nos negócios como no amor, no mesmo período, surgiram as contestações. Criaram as "comunidades hippies" ou assemelhadas. Nelas, as relações negociais e amorosas eram intensamente compartilhadas. Nessas comunidades, tanto o seu sustento como o prazer, tendiam a ser realizados por todos. Uma busca de uma organização societária em que havia um intercâmbio completo de todos os afazeres. Todos viviam juntos, aspirando o bem comum e ao mesmo tempo o bem individual. Uma sociedade idílica, até mesmo utópica.

Caravana da Saúde. As críticas chovem e o povo da periferia adora.
Caravana da Saúde. As críticas chovem e o povo da periferia adora.

Os deficientes auditivos poderão ouvir pela língua.

Um pesquisador da Nasa, deficiente auditivo, criou um sistema que permite um deficiente auditivo ter alguma audição. Uma espécie de fone de ouvido conectado com um aparelho bucal permite aos deficientes interpretar informações sonoras com a ajuda da língua. Um microfone que está colocado em um fone de ouvido captura os sons. As informações sonoras são enviadas para um aparelho que fica no céu da boca. Esse equipamento interpreta os diferentes padrões sonoros e os converte em impulsos elétricos. Quando o usuário pressiona o aparelho com a língua para sentir as vibrações emitidas e com algum treinamento, os impulsos elétricos são enviados para o cérebro e transformado em palavras. Com a expectativa de que o aparelho tenha sua vendagem em três anos, os cientistas afirmam que ele será acessível a todos os deficientes auditivos, independentemente do grau de lesão apresentado.

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