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Em Pauta

Comer como um passarinho nos ajudam a viver mais

Mário Sérgio Lorenzetto | 12/04/2018 08:34
Comer como um passarinho nos ajudam a viver mais

Se os argumentos de que melhora a saúde e fica mais elegante não lhe empolguem, aqui vai outro argumento para deixar de comer em excesso. Mais que uma razão de peso, comer como um passarinho aumenta tua expectativa de vida.
Segundo dois estudos realizados por cientistas de várias instituições norte-americanas, publicadas na revista Natureza, a ingestão de uma dieta baixa em calorias redunda na diminuição do envelhecimento humano. Essa conclusão já havia sido evidenciada de forma experimental em vermes, moscas e ratos. Também havia sido demonstrado em macacos. Um estudo de longo prazo, realizado entre 1998 e 2009, pelo Centro de Investigações de Wisconsin, EUA, demonstrou que os macacos que comiam tudo que desejavam tinham quase o dobro de probabilidade de morrer antes que aqueles que haviam reduzido a ingestão de calorias em 30%. Os macacos submetidos a uma restrição calórica acabaram apresentando esperança de vida 10% maior que os demais - algo como 3 anos a mais. Também apresentaram seus estados físicos muito mais saudáveis.

Comer como um passarinho nos ajudam a viver mais

A primeira vez que é provado em humanos.

Agora, a ação positiva dessa restrição calórica sobre o metabolismo humano foi demonstrada, graças ao programa CALERIE - sigla em inglês para Avaliação Exaustiva dos Efeitos a Longo Prazo da Redução da Ingestão de Energia - patrocinado pelo conjunto de Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, onde participaram adultos sadios e obesos ao longo de dois anos.

Comer como um passarinho nos ajudam a viver mais

Usaram habitações que medem os gastos de calorias.

Em uma das últimas fases do estudo da CALERIE, cujos resultados foram publicado no mês passado, os participantes foram levados a Baton Rouge, na Louisiana, onde há quatro câmaras metabólicas de última geração. São como habitações de hotel,
pequenas, mas devidamente seladas. Elas medem, minuto a minuto, a quantidade de oxigênio que os ocupantes usam e a quantidade de CO2 que exalam. Isto permite controlar como os ocupantes usam a energia com uma precisão sem precedentes. A relação entre o oxigênio e o CO2, combinada com a análise de nitrogênio da urina, indica se apessoa está queimando gordura, carboidratos ou proteína.
Os participantes do ensaio, entre 21 e 50 anos, foram dívidas em dois grupos ao acaso. O primeiro grupo reduziu a ingestão de calorias em 15%. Os demais continuaram comendo como estavam acostumados.
Ao final de dois anos, todos se submeteram a uma série de provas relacionadas com o funcionamento geral do metabolismo e os marcadores biológicos do envelhecimento, como os danos associados aos radicais livres. Os dados evidenciaram que as pessoas que estiveram sob a dieta com poucas calorias, empregavam a energia de forma mais eficiente enquanto dormiam. Muito mais eficiente que os que conservaram os hábitos alimentares antigos. Quer dizer, requeriam menos energia para manter o organismo em repouso, porque sua massa corporal era menor. Seus organismos não desperdiçavam energia.

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O ideal é a redução, para sempre, de 30% das calorias.

Os cientistas demonstraram que o ideal é reduzir para sempre o consumo de calorias em 30%. Mas todos concordam que essa é uma redução extremamente severa, quase impossível de ser praticada. A pergunta que fizeram foi decisiva: uma redução desse nível poucos dias por mês, trariam os mesmos resultados?
Novos testes estão sendo realizados. Por enquanto, as primeiras evidências indicam que é bem provável que obtenhamos resultados bastante semelhantes aos de quem é super controlado, daqueles que decidiram comer 30% a menos para o resto de suas vidas. Aguardemos.

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